Conecte-se conosco

Rio

‘Não me arriscaria a liberar’, diz professor de engenharia sobre Avenida Niemeyer

Em entrevista ao site Tupi.fm, Alberto Sayão comentou sobre os acidentes que atingiram o Rio nas últimas 24 horas

Publicado

em

O professor de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), Alberto Sayão, conversou com a reportagem do site Tupi.fm sobre o desabamento de parte do túnel acústico Rafael Mascarenhas nesta sexta-feira e o anúncio do prefeito Marcelo Crivella de liberar a Avenida Niemeyer a partir das 18h. O professor avaliou a decisão como um erro: “Não me arriscaria a liberar”, opinou.

Sayão lembrou que a Avenida Niemeyer foi construída há mais de 100 anos, sem maiores estudos ou planejamentos de engenharia. Por conta desse fator, ela se torna uma “via instável” e, portanto, não seria recomendável seu tráfego em dias de chuva. O professor frisa que a situação ainda é precária e que se encontra muita lama na pista ainda.

“A liberação da via, nesse momento, seria apenas por “conta da pressão da população, devido ao trânsito na cidade”, argumentou.

Com relação ao desabamento de parte da estrutura do Túnel Acústico Rafael Mascarenhas, ele avalia como uma surpresa. Porém, Alberto Sayão atribui a uma possível falta de manutenção e limpeza do teto, a razão da queda.

“O acúmulo de vegetação e de água das últimas chuvas, somadas ao deslizamento de encosta, mesmo que relativamente pequeno, provocaram um sobrepeso em cima da estrutura de concreto armado, que acarretou o acidente”, afirmou.

Para Sayão, uma falha da gestão de Marcelo Crivella é justamente a falta de apoio e reconhecimento ao Geo-Rio. O professor ressalta que o órgão, que é  ligado à prefeitura, tem um trabalho admirado em todo o Brasil, além de ter sido o responsável pela diminuição em números de acidentes envolvendo encostas e deslizamentos.

Segundo Sayão, algumas soluções para evitar esse tipo de ocorrência na cidade seria justamente o prefeito rever a sua política, passando a “valorizar mais o Geo-Rio” e investindo na “estabilização nos locais de encosta”, além de ampliar as vistorias.

“No caso da Avenida Niemeyer, a solução seria a instalação de muros de concreto com chumbadores fixados na rocha para impedir novos desabamentos”, afirmou o professor da Puc-Rio.

 

Continue lendo