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Economia

Proposta de divisão da Avianca Brasil é alvo de crítica do presidente da Azul

Objetivo é 'tentar evitar a Azul entrar em Congonhas', afirma John Rodgerson sobre ofertas da Gol e da Latam

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(Foto: Divulgação)

As companhias aéreas Gol e Latam, anunciaram na última quarta-feira, a entrada de ambas na disputa pelos ativos da Avianca Brasil, que está em recuperação judicial. Anteriormente, a Azul já havia apresentado uma oferta pelas aeronaves e autorizações de pouso e decolagem, no valor de US$ 105 milhões. Para John Rodgerson, presidente da Azul, a proposta das concorrentes é apenas uma jogada para impedir a Azul de crescer no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o mais movimentado do Brasil.

Para John, “elas vão quebrar uma empresa para evitar que a gente (Azul) faça a ponte aérea”. A proposta da Gol e da Latam, em apoio com os credores da Avianca Brasil, consiste na divisão da empresa em sete partes, denominadas de Unidade Produtiva Isolada (UPI), para serem vendidas em leilão. As duas empresas se comprometem a fazer uma oferta, cada uma, por pelo menos uma das sete UPI’s.

Em entrevista ao canal à cabo GloboNews, o presidente da Azul comentou: “Eu não sei como você pode ter sete divisões com aeronaves, pessoal. Isso é um plano para fechar a empresa em vez de resgatar uma empresa. É um fundo que está com essa ideia para tentar achar mais dinheiro, mas não vai dar certo na minha opinião”.

(Foto: Reprodução)

Atualmente, as companhias Latam e Gol controlam, juntas, cerca de 90% do aeroporto de Congonhas. Caso a proposta pelas UPI’s seja bem sucedida, as duas empresarias passariam a deter 95% de toda operação. Para John, não é algo interessante à Azul essa divisão: “Gol e Latam dividiram para que não tenhamos como montar uma malha aérea. Teríamos um voo às 9h e o próximo às 11h. Não seríamos competitivos.”

“O que eu diria é o seguinte: nós estamos tentando entrar em Congonhas há muitos anos. O que eu diria é que (essa proposta) é o que eles fazem para tentar evitar a Azul entrar em Congonhas. Não sei do que eles têm medo, se é do nosso produto, do nosso pessoal, da nossa pontualidade, mas é parte do jogo. A gente queria ter essa força, mas a gente tem agora que parar e olhar. Eu acho que a Anac tem sido bem clara que não pode vender os slots , a gente está com um pé atrás agora”, concluiu John.

A Avianca era a quarta maior companhia aérea do Brasil. Porém, as constantes perdas, aliadas a dívidas criadas com a adquirição de aeronaves, a levaram a entrar em recuperação judicial desde dezembro do ano passado.

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