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Bienal do Livro

Witzel diz que ele e a mulher ‘agiriam naturalmente’, caso filhos comprassem gibi censurado

Governador do Rio disse que 'acompanha' decisão do STF em suspender a apreensão de qualquer obra

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Foto: Reprodução

Em uma entrevista à Globonews que ainda vai ao ar, o governador Wilson Witzel comentou sobre o caso de censura que ocorreu na 19ª edição da Bienal Internacional do Livro Rio, no qual o prefeito Marcelo Crivella ordenou que agentes da Prefeitura confiscassem uma história em quadrinhos em que aparece um beijo entre dois personagens masculinos.

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Ele disse que irá seguir a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que acatou à postura da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em que suspendeu a apreensão de qualquer obra no evento literário.

“Essa questão está no Supremo Tribunal através da liminar do ministro Dias Toffoli. Já decidiu, né? Que a publicação teria que ser vendida. Então, de acordo com o ministro Toffoli, o prefeito não poderia… Eu acompanho o Judiciário. Eu sou jurisdicionado. Se o Ministro Toffoli entendeu dessa forma, a mim, como governador, só cabe dizer que o Poder Judiciário tem que ser cumprido na sua decisão”, disse Witzel.

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O governador do Rio ainda falou sobre como o caso seria tratado na casa dele e deu como exemplo o filho Eric, que é transexual.

“Eu educo os meus filhos da forma que eu entendo que eu devo educá-los no sentido que eles tem que respeitar. Eu tenho um filho que é trans, que é o Eric. O Eric num momento da vida dele tomou a opção de assumir essa identidade, essa vocação e ele continua sendo meu filho, continuo amando meu filho e no momento oportuno eu expliquei pra todos os outros filhos, eu e a Helena (mulher dele). Então, eventualmente, se um filho meu comprasse um livro daquele, a gente ia agir naturalmente. Essa questão tem que ser resolvida em casa, discutida em casa com os filhos. Por isso que eu sempre defendi que isso tem que ser entre as famílias”, disse Witzel.

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