Brasil

Alimentos básicos podem aumentar com reforma tributária; especialistas explicam motivo e ensinam a economizar

As discussões a cerca da a reforma tributária, e a iminência da votação do texto, ainda essa semana, pela Câmara dos Deputados, acendeu o alerta de entidades como a Oxfam Brasil – organização sem fins lucrativos que atua no combate às desigualdades e à pobreza -, e da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Ambas alertam sobre o artigo o 8º do parecer preliminar da reforma, que prevê que “alimentos destinados ao consumo humano” podem ter as alíquotas reduzidas em 50%. Para os especialistas, com isso alimentos hoje totalmente isentos seriam tributados, ainda que com alíquotas menores. 

No atual sistema tributário – tanto federal, quanto estadual – produtos hortifrutigranjeiros (saladas, verduras, raízes, tubérculos, frutas, leite, ovo), tem imposto zero.  O economista e especialista em gestão de supermercados, Leandro Rosadas comenta da preocupação dos supermercadistas em relação a reforma. Já a educadora financeira, Aline Soaper ensina, caso haja aumento, como economizar na hora das compras.

“O que preocupa os supermercadistas, é uma possível redução de 50% das alíquotas, o que abre espaço para produtos que não são tributados passarem a ser e aí sairia de zero para um patamar que o governo definiria, mas eu acredito em algo entre 5 a 7% de aplicação de alíquota, o que pode representar 40% de aumento na ponta para o consumidor final”, explica Leandro Rosadas, economista e especialista em gestão de supermercados.

A educadora financeira, Aline Soaper vê com preocupação o possível aumento, tendo em vista que os últimos dois anos tem sido marcados por constantes altas nos preços dos alimentos, em especial os que compõe a cesta básica. “Apesar de hoje haver a isenção de alguns itens, como arroz, feijão e hortifrúti, outros itens, em alguns estados, por exemplo, recolhem o ICMS. Isso fará com que esses produtos sejam sobretaxados, como seria o caso das carnes. Isso preocupa, pois sabemos que durante esses anos de pandemia, as pessoas com baixa renda, foram as que mais sofreram, por que tiveram que retirar da lista de compras, esse item. Outro ponto delicado é que os alimentos ultraprocessados, saíram da lista de taxação, o que é uma preocupação, quando no mundo todo é defendido por especialistas o consumo de alimentos mais saudáveis”, argumenta Soaper.

Pensando no cenário de alta dos alimentos, diante da reforma tributária, a educadora financeira separou algumas dicas para economizar na hora de ir às compras:

1.     Pesquisa de Preços: “A pesquisa de preços, por parte dos consumidores, deve ser constante. Observar os dias da semana que os supermercados fazem promoções de itens específicos, por exemplo, é fundamental para evitar gastos”, explica a educadora financeira. Neste caso, no entanto, é preciso ter cuidado para não gastar mais indo muitas vezes ao supermercado. “Faça a lista e vá ao mercado com a mesma lista, anotando o que já foi comprado no dia anterior para não repetir. E fuja da tentação! Compre apenas os itens essenciais”, acrescenta a especialista.

2.     Adaptar os gastos à realidade da família: “Todas as famílias querem uma mesa farta, mas é preciso adaptar o orçamento à realidade atual, utilizando técnicas que vão evitar o endividamento. Em especial evitando o uso do cartão de crédito para compras no supermercado. Isso porque, as vezes as pessoas parcelam as compras do mês, e aí no outro mês vão ter que novamente comprar, e ainda vão pagar o mês anterior”, explica Aline Soaper.

3.     Substituição de Produtos: “Trocar produtos que aumentaram muito de preço por itens com valor menor é uma ótima alternativa para economizar nos gastos da família. Além disso, dê preferência às marcas que oferecem melhor custo x benefício, seja ela uma marca branca ou uma embalagem que oferece uma quantidade maior de litros os kg por preço. Isso vale para itens básicos como proteínas, por exemplo. Trocar a carne bovina por outra mais em conta. Tentar adaptar cardápios com itens mais baratos. No caso de frutas e verduras, muitas feiras têm a hora da “xepa”, onde dá sim para encontrar itens bons para o consumo, por pequenos preços”, finaliza a educadora financeira.

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