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Brasil

Anvisa aprova primeiro medicamento contra a Covid-19

Agência também concedeu o registro definitivo da vacina Oxford/AstraZeneca no Brasil

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta sexta-feira (12), o uso do remédio Remdesivir contra a Covid-19. É o primeiro medicamento antiviral para tratar pacientes contaminados pelo novo coronavírus. No mesmo anúncio, a Anvisa também aprovou o registro definitivo da vacina Oxford/AstraZeneca no Brasil, ampliando o uso do imunizante para população em geral.

O Remdesivir, fabricado pelo laboratório Gilead Sciences, dos Estados Unidos, é aplicável em pessoas acima dos 12 anos de idade e com no mínimo 40 quilos e deverá ser utilizado apenas nos casos de pacientes hospitalizados que apresentem, quadro de saúde de pneumonia, com necessidade de suplementação de oxigênio. O tratamento deve ser administrado pela equipe médica de cinco a dez dias, com injeção intravenosa.

Raphael Sanchez, especialista da gerência de qualidade de medicamentos da Anvisa, afirmou que, ao contrário da vacina de Oxford, o Remdesivir não fez o pedido da submissão contínua no processo de autorização de uso.

“A submissão se deu em 6 de agosto de 2020, quando tivemos contato com o dossiê completo. Depois da submissão, também tivemos algumas conversas para entender melhor pois é um medicamento desenvolvido com bastante celeridade e muitos aspectos ainda não estão fechados”, explicou.

 

Raphael Sanchez em coletiva da Anvisa nesta sexta-feira (Foto: Reprodução)

Ele explicou ainda que o medicamento será vendido em forma de “pó para solução injetável” que deve ser reconstituído no momento da aplicação. Além disso, terá prazo de validade de 36 meses, e será vendido com o nome comercial de Veklury.

Segundo informações da Anvisa, o medicamento acelera o processo de recuperação do paciente, que, em média, recebe alta em 10 dias.

Apesar do Remdesivir ter sido aprovado por diversos países como Estados Unidos, Canadá e Suíça, a Organização Mundial da Saúde (OMS), em comunicado no mês de novembro do ano passado, não recomendou o uso do medicamento por falta de dados que garantissem os benefícios do antiviral.

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