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Apagão no Brasil: Usinas nucleares garantiram abastecimento de energia e funcionabilidade do sistema

“Para se ter uma ideia, às 8h44 Angra I e Angra II funcionaram com 100% de sua capacidade, gerando 653 MWe e 1361 MWe respectivamente, suportando o sistema energético brasileiro”, dispara o presidente da Frente Mista de Tecnologia e Atividades Nucleares, deputado Júlio Lopes (PP)

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Apagão no Brasil: Usinas nucleares garantiram abastecimento de energia e funcionabilidade do sistema (Foto: Divulgação)
Apagão no Brasil: Usinas nucleares garantiram abastecimento de energia e funcionabilidade do sistema (Foto: Divulgação)

O apagão ocorrido na manhã desta terça-feira (15), afetou diretamente hospitais, sinais de trânsito, operadoras de telefonia, empresas, metrô, trens e milhares de trabalhadores. De acordo com o presidente da Frente Mista de Tecnologia e Atividades Nucleares, deputado Júlio Lopes (PP), o ocorrido demonstra bem o quanto devemos fortalecer a confiabilidade do sistema elétrico brasileiro, já que um país como o Brasil não pode mais estar sujeito a apagões.

Para ele, a ocorrência de hoje evidenciou a importância das usinas nucleares, que deram credibilidade e funcionalidade ao sistema durante o apagão, e que não dependem do vento, do sol e nem da chuva para operarem. As usinas de Angra I e Angra II, além das demais existentes, responderam com máxima eficácia e capacidade.

“Para se ter uma ideia, às 8h44 Angra I e Angra II funcionaram com 100% de sua capacidade, gerando 653 MWe e 1361 MWe respectivamente, suportando o sistema energético brasileiro. Vale lembrar que 40% das hidroelétricas com barragem já têm mais de 40 anos, e que máquinas foram projetadas para serem a base do sistema e não uma grande bateria. Diante de todo o ocorrido, fica claro a importância estratégica de diversificarmos e termos como critério fundamental a confiança que o sistema nuclear oferece no Brasil e no mundo, que hoje foi demonstrado com Angra I e II despachando integralmente no sistema sua capacidade máxima”, explicou.

O parlamentar defende ainda a importância do investimento do uso da energia nuclear em todas as áreas, principalmente na produção de alimentos e na medicina, que trará enorme benefício para todos; e que por ser uma energia barata, boa e de qualidade permanente, pode no futuro desempenhar um papel fundamental na luta contra a descarbonização do planeta e ser de grande importância para a transição de energia limpa para o mundo.

“Por isso temos que defender e investir na indústria nuclear no Brasil em todas suas variações. Com cerca de 17,2 milhões de habitantes e uma participação de mais de 10% do Produto Bruto Nacional, o Rio de Janeiro se destaca exportando e produzindo energia primária notadamente para os setores de gás e derivados como também para o setor petroleiro, que de acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) foi responsável por 65% da produção nacional em 2017, dando ao Rio o título de Capital Nacional do Petróleo naquele ano. Isso sem falar que se concentra aqui em nossa cidade os principais órgãos da área nuclear. A base naval para a construção de submarinos está sediada em Itaguaí, na Baixada Fluminense, que em um prazo de 10 anos estará colocando em operação o primeiro submarino movido a energia nuclear, sendo de fundamental importância para a defesa da costa brasileira. Já a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, com as usinas Angra I e Angra II, e tendo 60% das obras de Angra III concluídas e a possibilidade de ter aprovada a construção de Angra IV, irá responder por mais de 70% da energia elétrica consumida pelo estado”, disse.

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