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Bolsonaro afirma que Brasil é vítima de desinformação ambiental

Como esperado, presidente rebateu as críticas pela destruição do meio ambiente em discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU

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(Foto: Reprodução)

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta terça-feira (22), que o Brasil é vítima de “uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal”. O discurso ocorreu na abertura da sessão de debates da 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) e durou 14 minutos. O presidente  justificou que há interesses comerciais por trás das notícias sobre desmatamentos e queimadas e que os incêndios que atingem as florestas no Brasil são comuns à época do ano e ao trabalho de comunidades locais em áreas já desmatadas.

“Somos vítimas de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal. A Amazônia brasileira é sabidamente riquíssima. Isso explica o apoio de instituições internacionais a essa campanha escorada em interesses escusos que se unem a associações brasileiras, aproveitadoras e impatrióticas, com o objetivo de prejudicar o governo e o próprio Brasil”, disse.  “O Brasil desponta como o maior produtor mundial de alimentos. E, por isso, há tanto interesse em propagar desinformações sobre o nosso meio ambiente”, acrescentou.

Bolsonaro afirmou, ainda, sem mencionar detalhes técnicos, que a propagação do fogo está relacionada à queima de roçadas por parte de caboclos e índios. “Nossa floresta é úmida e não permite a propagação do fogo em seu interior. Os incêndios acontecem praticamente, nos mesmos lugares, no entorno leste da Floresta, onde o caboclo e o índio queimam seus roçados em busca de sua sobrevivência, em áreas já desmatadas.” Segundo ele, o seu governo tem “tolerância zero com o crime ambiental” e o Brasil é o líder em proteção de florestas tropicais.

Vale lembrar que o Pantanal bateu recorde histórico de queimadas para todo o mês de setembro ainda na primeira quinzena. Foram mais de 5.600 focos de incêndio, número quase três vezes acima da média para o mês.

No discurso, Bolsonaro  lembrou a dificuldade em combater atividades ilegais na Amazônia, como incêndios, extração de madeira e biopirataria, devido à sua extensão territorial. Ele ressaltou que, juntamente com o Congresso Nacional, está buscando a regularização fundiária da região, “visando identificar os autores desses crimes”.

Por conta da pandemia, esta edição da Assembleia Geral da ONU  foi  realizada virtualmente. Tradicionalmente, o Brasil é o primeiro país a fazer um pronunciamento e o presidente Bolsonaro, assim como os outros líderes mundiais, enviou a declaração gravada.

Sobre a covid-19, o presidente lamentou as mortes  e reafirmou que o vírus e as questões econômicas “deveriam ser tratados simultaneamente e com a mesma responsabilidade”. Bolsonaro disse que, sob o lema “fique em casa” e “a economia a gente vê depois”, os veículos de comunicação  “quase trouxeram o caos social ao país”.

O presidente voltou a falar que as medidas de isolamento não foram determinadas por ele e que o auxílio emergencial “evitou um caos social maior”. Segundo ele, é o maior programa social do país.

“A pandemia deixa a lição que não podemos depender de poucas nações para produção de insumos”, afirmou.

 

 

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