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Brasileiros vão às compras neste fim de ano

Especialista dão dicas para não comprar por impulso e se endividar

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Brasileiros vão às compras neste fim de ano (Foto: Valter Campanato/ Reprodução: Agência Brasil)
Brasileiros vão às compras neste fim de ano (Foto: Valter Campanato/ Reprodução: Agência Brasil)

Com o fim de ano se aproximando, começa a corrida pelas compras de fim de ano. Segundo uma pesquisa da Meta, 87% de 1000 pessoas entrevistadas, pretendem deixar as compras de fim de ano somente para a época do Natal, quando brasileiros saem para comprar presentes, adereços e ornamentos. Com a liberação do décimo terceiro, promoções relâmpagos, tudo se torna uma oportunidade de economia, mas é preciso cuidado.

Para o especialista em Finanças e Educador Financeiro, Marlon Glaciano, deve-se ter claro e organizado o uso do dinheiro não só para dezembro, mas para o início do novo ano com as contas de janeiro. “Novas despesas eventuais das festas, matrícula escolar, impostos entre outros. Faça uma lista e com ela em mãos, priorize o que é mais importante e evite as despesas supérfluas. Tenha atenção na emoção que esta época traz antes de contrair novas despesas casuais, evite parcelamentos longos. Mantenha o foco e não exceda 70% da sua receita com despesas”, pontua.

Marlon Glaciano, Especialista em finanças e educador financeir (Foto: Divulgação)

O especialista acredita que apesar de ser uma época tentadora para ir às compras, é preciso controle. “O planejamento financeiro é um item indispensável para qualquer pes-soa/família que deseja prosperar financeiramente. Através dele é possível ter clareza so-bre os nossos compromissos, sonhos, projetos e desejos facilitando a construção de es-tratégias para uma vida mais equilibrada e mais inteligente. Fazendo isso, fica claro o que podemos fazer, qual é a nossa capacidade de compra e todo o processo de decisão fica mais simplificado contribuindo para que o nosso cérebro fuja de tantas oportunidades vagas que não contribuirão com a nossa jornada”, orienta Glaciano.

Justamente pelas oportunidades e promoções, um fator que é preocupante e com impacto nas finanças é a compra compulsória, sem controle. “Quando a compra é 100% emotiva e sem necessidade, temos um forte indício que a mesma foi feita por impulso. Se faça uma pergunta básica antes de comprar: Caso eu não compre esse item hoje, o que mu-dará negativamente em minha vida”, analisa Marlon.

A Psicóloga Michele Silveira, explica como a compulsão por compras age no cérebro do indivíduo. ”Fazer isso gera um prazer momentâneo, mas imediatamente é substituído pela culpa por ter comprado e cedido novamente. A pessoa que sofre com isso passa muito tempo sofrendo com um conflito interno, tentando se convencer mentalmente dos motivos para não comprar, porém, grande parte das vezes, não aguenta e cede ao impulso de gastar”, explica.

Michele Silveira – Psicóloga e Logoterapeuta (Foto: Divulgação)

A oniomania, é um transtorno psicológico comum, e faz as pessoas agir compulsivamente ao comprar, e gera até mesmo dificuldades em relacionamentos interpessoais, segundo Michele Silveira. “Muitas pessoas que são consumistas compulsivas compram na tentati-va de terem sensação de prazer e bem-estar e, dessa forma, consideram as compras como um remédio para as tristezas e frustrações. E durante essa temporada de festas, essa carência, tristeza e frustrações tendem a aumentar, pois é um tempo de confraternização e muitas pessoas não conseguem se perceber pertencente a nenhum núcleo (familiar ou de amigos), tendo as compras compulsivas como uma forma de extravasar esses sentimentos”, esclarece a Psicóloga.

Para quem não consegue ter controle nas compras e correr o risco de começar o ano endividado, a Psicóloga dá a dica: “Há algumas estratégias que podemos usar para ajudar os indivíduos a lidar com a compulsão por compras, mas nada substitui o tratamento psicoterápico. E, claro, se puder, preste atenção a alguns detalhes, como por exemplo, quando sair de casa, leve apenas o dinheiro necessário para suas despesas diárias; Pense na possibilidade de cancelar cartão de crédito por um período; Evite passar por muitas lojas quando estiver muito feliz ou muito triste. Evite entrar em apps de compras no celular. Aprenda a se questionar. Antes de comprar, comece a fazer o exercício de checar a necessidade do que você está querendo comprar”, finaliza Michele Silveira.

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