Carla Zambelli e “hacker da Vaza-Jato” são alvos de operação da PF

A Polícia Federal realiza nesta quarta-feira (02), uma operação para apurar as invasões aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). Os alvos da operação são a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto, conhecido como “hacker da Vaza-Jato”.

Apelidada de Operação 3FA, segundo a própria PF, numa referência à autenticação de dois fatores (2FA), “método de segurança de gerenciamento de identidade e acesso que exige duas formas de identificação para acessar recursos e dados”.

São cumpridos dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva no estado de São Paulo, bem como “três mandados de busca e apreensão do Distrito Federal, além de análise do material apreendido”, segundo nota da PF.

Delgatti foi preso em Araraquara, no interior de São Paulo, e são cumpridas buscas e apreensões no gabinete e no apartamento funcional de Zambelli, em Brasília.

Segundo a PF, “Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.”

Em publicação nas redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino afirma que “Em prosseguimento às ações em defesa da Constituição e da ordem jurídica, a Polícia Federal está cumprindo mandados judiciais relativos a invasões ou tentativas de invasões de sistemas informatizados do Poder Judiciário da União, no contexto dos ataques às instituições.”