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Coalizão Energia Limpa é lançada no Brazil Hub, e Nordeste mostra a força da energia eólica

Das 800 instalações para produção de energia eólica do país, 700 estão em terras nordestinas

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Coalizão Energia Limpa é lançada no Brazil Hub, e Nordeste mostra a força da energia eólica
Coalizão Energia Limpa é lançada no Brazil Hub, e Nordeste mostra a força da energia eólica

O Brasil tem 800 instalações para produção de energia eólica, e 70% da produção nacional estão no Nordeste. A perspectiva de geração de emprego e renda a partir do vento na região que protagoniza as energias renováveis no país foi apresentada à COP27 na manhã desta quarta-feira (16) pela governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra. Das 800 instalações para produção de energia eólica do país, 700 estão em terras nordestinas. “E dessas, 220 estão no Rio Grande do Norte, onde há sol e vento”, disse a governadora durante o painel Mudando os caminhos do desenvolvimento, no Brazil Climate Action Hub, durante a COP27. Nesta quinta-feira (17), o Brazil Hub recebe o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, às 10h (horário local) / 5h (horário de Brasília), para um encontro de duas horas com a sociedade civil. 

Durante o painel anterior desta quarta-feira, Transição Energética Justa no Brasil – Caminhos para o setor de petróleo e gás, foi lançada a  Coalizão Energia Limpa – por uma transição energética socialmente justa e livre do gás. A iniciativa é formada por um grupo brasileiro de organizações da sociedade civil comprometido com a defesa de uma transição energética socialmente justa e ambientalmente sustentável no Brasil. Fazem parte da coalizão as organizações IEMA, Instituto Internacional Arayara, Inesc, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e ClimaInfo (mais informações abaixo).

Transição para economia de baixo carbono pode reduzir as desigualdades sociais

O governo potiguar trabalha para diversificar sua produção de energia renovável com investimento e parcerias com a academia em projetos para produção de energia do mar, de hidrogênio verde e amônia verde. “O Rio Grande do Norte exporta energia eólica para o Brasil e nosso desafio agora é exportar energia do vento para o mundo”, afirmou.

Após oito dias com apresentação de estudos técnicos e científicos, experiências práticas, resultados e propostas para a equipe de transição ao novo governo Lula, o Brazil Hub, espaço da sociedade civil na COP do Egito, dedicou a manhã de quarta-feira à discussão sobre Energia, com a presença da deputada federal Marina Silva, da prefeita de Palmas,

Cintia Ribeiro, representantes da África do Sul e da Índia e de dois integrantes da Iniciativa Clima & Desenvolvimento, Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, e Emilio La Rovere, professor da COPPE-UFRJ.

As apresentações demonstraram que a transição do país para uma economia de baixo carbono pode reduzir as desigualdades sociais e acelerar o crescimento econômico. “Nossos estudos têm o respaldo da sociedade civil, da indústria, do setor empresarial, do agronegócio, das ONGs ambientalistas, dos sindicatos interessados na questão do emprego, e apontam que, para 2030, temos perfeitas condições de cortar as emissões em mais de 60% em relação a 2005, mesmo com o estrago que aconteceu nos últimos quatro anos, e com isso nos colocar no caminho para atingir o objetivo do Brasil no Acordo de Paris, de chegar a 2050 com emissão zero”, disse o professor La Rovere.

Para Marina Silva, a transição energética representa um novo ciclo de prosperidade que pode ser justo e inclusivo. “Todos estamos no vagão da história da economia com sustentabilidade ambiental, econômica e social”, afirmou. O Brazil Hub é organizado pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS), Instituto ClimaInfo e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), com apoio de diversas organizações.

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