Conecte-se conosco

Brasil

É possível ser feliz misturando relacionamento com negócios

Pesquisa mostra que casais que trabalham juntos têm o índice de felicidade maior

Publicado

em

É possível ser feliz misturando trabalho com negócios? (Foto: Divulgação/ Freepik)
É possível ser feliz misturando trabalho com negócios? (Foto: Divulgação/ Freepik)

Trabalhar com o cônjuge ou ser sócio em um negócio é um assunto polêmico para alguns. Será que dá certo? De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade do Estado de Utah, nos Estados Unidos, sim! O estudo mostrou que o índice de felicidade e satisfação profissional de casais que trabalham na mesma empresa é duas vezes maior quando comparado ao de casais que não convivem no mesmo ambiente profissional.

Para o Psicólogo George Leonardo Oliveira, é importante ter alguns cuidados para o relacionamento não prejudicar o trabalho. “Antes de qualquer coisa, é importante lembrar que nenhuma empresa pode proibir a relação entre seus colaboradores, mas é interessante saber qual a política sobre demonstração de afeto no ambiente. Um segredo para que a relação profissional e amorosa seja de sucesso, é manter uma comunicação inteligente e madura. Diga aquilo que precisa ser dito, seja objetivo e mantenha o foco no trabalho. Isto é, deixe as opiniões pessoais para depois, resolva os assuntos da sua função, comunicando apenas sobre ela, e quando forem para o ambiente externo, falam sobre o relacionamento e tudo que esteja relacionado”, explica o especialista.

George Leonardo Oliveira, psicólogo (Foto: Divulgação)

É possível realmente misturar trabalho e relacionamento? Para o especialista em Comportamento Humano, Liderança e Gestão de Pessoas, Ronan Mairesse, sim, porém, é preciso alinhar a visão de ambos sobre suas responsabilidades. “Temos visto casais tendo muito sucesso trabalhando juntos, porque têm objetivos, regras e valores claros para a empresa e para a vida de casal. Para tanto, ambos precisam ser emocionalmente competentes e, portanto, o acompanhamento de um mentor ou até mesmo um psicólogo é essencial. Um outro ponto muito importante é a questão das habilidades e competências. Sempre digo, não tem problema nenhum trabalhar com parente, desde que seja competente. As partes precisam entender que às vezes terão funcionários que serão muito melhores do que um deles e que esse em alguns casos terá mais voz dentro do negócio do que o próprio companheiro”, opina.

Ronan Mairesse – Especialista em Comportamento Humano, Liderança, Gestão de Pessoas e Carreira (Foto: Divulgação)

A maior dificuldade relatada pelos casais é a de receber ordens. “Subordinação é um dos maiores desafios de um casal que trabalha junto. Quando um é chefe do outro, pode ser mais difícil gerenciar. Não podemos afirmar que é impossível, mas é bem mais difícil. O ponto que gera dificuldade é entender que dentro de um casamento ou relacionamento amoroso, não existe essa hierarquia sistemática, como em um ambiente corporativo. Ambos têm direitos e deveres, e o mesmo peso em decisões, tendo em vista uma tomada de decisão equilibrada e satisfatória para ambos”, afirma George.

Para não prejudicar o relacionamento, é preciso deixar o ego de lado. “Muitos casais evitam procurar a ajuda de profissionais para trabalhar essa relação o que causa um desconforto tremendo na relação amorosa. Não discutir e não definir regras, faz com que problemas de casa sejam levadas para o ambiente de trabalho e descontentamentos por situações e tomadas de decisões que sejam boas para empresa e ruim para o outro, sejam vistas como uma forma de punição, o que faz a convivência familiar ficar pesada”, analisa Ronan.

Finalmente, para ter sucesso no relacionamento e no trabalho, é preciso saber dividir as coisas. “- Não fale de trabalho fora do ambiente do trabalho, não faça da sua casa uma extensão da fábrica/escritório. Nunca leve problemas do trabalho para casa e vice-versa. Caso trabalhe por subordinação, não deixe de desenvolver suas habilidades sociais, sua comunicação, e manter o equilíbrio emocional e muita maturidade”, finaliza George Leonardo.

Continue lendo