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Esclerose Múltipla: entenda o porquê da importância de se fazer o diagnóstico precoce

No dia 30 de agosto, é celebrado o Dia Nacional de Conscientização com o objetivo de chamar atenção para a doença e seus impactos na vida das pessoas

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Esclerose múltipla
Esclerose múltipla (Foto: Reprodução)

No dia 30 de agosto, é comemorado, no Brasil, o dia o Dia Nacional de Conscientização. A data foi celebrada pela primeira vez em 2006, ao ser instituída pela Lei nº 11.303, resultados dos esforços da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) para estabelecer um data de visibilidade nacional para a doença e seus desafios.

A E.M. é uma doença autoimune que acomete o sistema nervoso central e, se não tratada a tempo, pode deixar o paciente com incapacidade neurológica.

Segundo a Federação Internacional de Esclerose Múltipla (MSIF), enquanto algumas pessoas com E.M. convivem com pouca incapacidade durante a vida, em torno de 60% dos indivíduos podem se tornar impossibilitados de andar sem assistência, acontecendo cerca de 20 anos após o início da doença.

Por isso a importância de alertar para o tratamento precoce dessa doença que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicados em 2013, atinge cerca de 40 mil brasileiros.

O coordenador da área de Doenças Cerebrovasculares do Hospital Icaraí e coordenador da Neurologia do Hospital e Clínica de São Gonçalo, Dr. Guilherme Torezani, explica que a Esclerose Múltipla é uma doença autoimune que acaba atacando algumas áreas do cérebro e comprometendo o sistema nervoso central.

Dependendo da área do cérebro inflamada, vários sintomas podem surgir de forma súbita ou em poucos dias, ao que chamamos “surtos da doença”.

“Se o paciente não investigar com um neurologista, a doença vai piorando. Justo por isso, falamos em diagnóstico precoce”, alerta Torezani.

Para Viviane Tavares, neurologista do Hospital Icaraí, a Esclerose Múltipla é uma doença multifatorial, ou seja, não existe apenas uma única causa para o seu aparecimento. A médica explica que o paciente já tem uma predisposição genética para a enfermidade e que, ao interagir com alguns fatores ambientais, ela pode ou não desenvolver.

“Esses fatores ambientais podem ser as infecções virais, sendo a mais comum pelo vírus Epstein-Barr, o tabagismo, a obesidade e, ainda, níveis reduzidos de Vitamina D no sangue”, explica a neurologista.

Em relação aos sintomas, eles costumam variar de acordo com a região do sistema nervoso que foi acometida. Desse modo, podem ocorrer fadiga, alterações no intestino, dores, alterações visuais unilaterais, dores oculares, dormências e sintomas de sensibilidade, fraqueza, alterações de força muscular, alterações de coordenação e equilíbrio em tarefas mais específicas, no caminhar, entre outras.

“Por isso que o tratamento deve ser feito de forma precoce e regular com um profissional especializado, que é o neurologista. Esse profissional busca o menor grau de incapacidade possível do paciente. Muitas vezes, esses pacientes são jovens, com toda uma vida pela frente. Então, é essencial evitar as incapacidades que a doença possa gerar, trazendo mais qualidade de vida”, alerta a médica.

A Esclerose Múltipla pode aparecer em qualquer pessoa, porém acomete mais mulheres jovens entre 20 a 40 anos.

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