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Especialista comenta se acumular milhas ainda é um bom negócio

Com passagem por mais de 40 países e 90M de milhas acumuladas, educador financeiro em milhas, Rodrigo Góes, explica se a estratégia ainda compensa no bolso

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Especialista comenta se acumular milhas ainda é um bom negócio (Foto: Divulgação)
Especialista comenta se acumular milhas ainda é um bom negócio (Foto: Divulgação)

Com a alta dos preços das passagens aéreas, as milhas desvalorizaram e o consumidor agora precisa acumular mais e por mais tempo para conseguir realizar a tão sonhada viagem. Não à toa, um levantamento feito pela plataforma MaxMilhas, revelou que a média de milhas exigidas teve um aumento de 17%, em 2022. O comparativo do mês de maio, entre os anos 2022 e 2021, mostra que, em 2021, viajar para as maiores capitais do país custava em média seis mil milhas. Já no ano passado, foi necessário 10 mil para os mesmos trechos.

Além desse aumento, o consumidor também se encontra com o desafio de superar as mudanças nos programas de pontos nos cartões de crédito, que aconteceram neste início de 2023 – movimento o que prejudica não só o acúmulo das milhas, como também o preço das hospedagens e até mesmo das trocas por eletrodomésticos. Mas na contramão desse cenário, o educador financeiro em milhas, Rodrigo Góes, explica que as milhas ainda são as melhores opções para quem quer economizar e viajar para o seu destino de desejo. E ele é prova disso: com 36 anos, Góes já viajou para mais de 40 países e concentra um total de 90 milhões de milhas aéreas.

“Com a inflação, tudo tem alteração de preço. Até o salário-mínimo não é o mesmo. Infelizmente está tudo mais caro: a gasolina, que voltou a aumentar essa semana, a mão de obra, o consumo, entre outros. Com as milhas não é diferente. Elas também sofreram impacto da inflação, como qualquer outro produto. Não dá para comprar as mesmas coisas que você comprava com R$1 mil reais, há cinco anos. Nos dias atuais com o mesmo R$1 mil reais você compra bem menos coisas, mas isso não quer dizer que essa ainda não é uma estratégia favorável e eficiente para quem quer economizar, viajar e até fazer uma renda extra” acrescenta o especialista em milhas áreas.

Ainda assim, segundo Góes, é possível aproveitar o acúmulo de milhas para conseguir bons descontos. Isso porque, de acordo com o especialista, as passagens aéreas aumentaram tanto para às compras em dinheiro, quanto nas compras por aquisição com milhas. Além disso, existe muitas oportunidades dentro dos programas para comprá-las com promoções imperdíveis, basta ter planejamento e ficar atento às ofertas. “Recentemente, rolou uma promoção de passagem de São Paulo x Rio de Janeiro e de Recife x João Pessoa por três mil milhas. Essas pontes aéreas curtinhas de 45 minutos e até 1 hora, estão saindo por três mil milhas ida e volta. É como se fosse R$ 60,00, o que para mim é praticamente de graça. Ou seja, aproveitar o aumento das milhas é isso. O acúmulo de milhas é um direito nosso, independentemente de estarem baratas ou caras, e quem não dá atenção a isso, está perdendo dinheiro”, declara Góes.

O especialista garante ainda que, existem muitas opções possível de serem aproveitadas com as milhas aéreas, desde viajar de graça ou com mais conforto até mesmo ganhar uma renda extra vendendo milhas aéreas. “É uma hipocrisia querer falar que, por causa da inflação, as milhas não servem mais. Se você recebe hoje um salário de R$5 mil, terá poder de compra X. No ano que vem esses mesmos R$5 mil, terá um poder de compra de -X. Então você vai falar que esse salário não serve para mais nada e vai parar de trabalhar? Logicamente não. Então com as milhas é basicamente a mesma coisa”, explica Rodrigo.

Experiente nas viagens por milhas – o que inclusive o tornou famoso nas redes sociais como o “Mago das Milhas”, onde já soma mais de 630 mil seguidores – Rodrigo Góes conta que, mesmo com as mudanças nos pontos de cartões de crédito e inflação, não deixou de viajar com essa estratégia. O especialista lembra que, em janeiro deste ano, viajou para Las Vegas com apenas 36 mil milhas, ida e volta, e que irá, ainda neste ano, para Portugal, com apenas 20 mil milhas, ida e volta.

“A educação financeira com as milhas é um mundo aberto e atrativo. Nesse universo, você consegue alugar carros, se hospedar em hotéis, fazer renda extra e economizar com as coisas do dia a dia. Além de proporcionar experiências incríveis. Eu ia viajar para o Japão, mas cancelei por causa da gravidez da minha esposa. Por essa viagem paguei 140 mil milhas, com o voo de ida na primeira classe e voltar na executiva. Se fosse pagar em dinheiro, gastaria por volta dos R$ 100 mil, algo que jamais conseguiria pagar do meu bolso. Só as milhas conseguem proporcionar isso”, finaliza o especialista.

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