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Brasil

Pesquisa do INCA aponta caminhos para reduzir custos e tempo de terapia celular 

Trabalho, inédito no mundo, foi vencedor de prêmio em 2022

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Pesquisa do INCA aponta caminhos para reduzir custos e tempo de terapia celular 
Pesquisa do INCA aponta caminhos para reduzir custos e tempo de terapia celular 

O método inédito desenvolvido por pesquisadores do Instituto Nacional de Câncer (INCA) que reduz os custos e o tempo de produção das células CAR-T para apenas um dia, conquistou o primeiro lugar na categoria Iniciativas para o Controle do Câncer, do Prêmio Marcos Moraes, promovido pela Fundação do Câncer, em setembro deste ano..

A terapia já é ofertada para o tratamento do câncer em países da Europa, Estados Unidos, China e Japão. No Brasil, a Anvisa aprovou o registro de dois fabricantes neste ano, porém com alto custo para os pacientes da saúde suplementar e maior tempo de aplicação.

“Em linhas gerais, a terapia CAR-T Cell consiste em modificar as células do sistema imunológico do próprio paciente para combater o tumor. A técnica é inovadora e personalizada para cada pessoa. Nossa missão foi justamente tentar simplificar o método”, explica a doutoranda do INCA e autora do trabalho, Luiza Abdo.

Na técnica já utilizada, aplicada em laboratório, as células retiradas e modificadas do paciente levam entre 8 a 10 dias para se multiplicar, até que possam ser utilizadas no tratamento contra a doença.

“Foi aí que surgiu nossa ideia de reduzir o tempo de expansão das células para 24 horas. Também pensamos na oportunidade de redução dos custos e desafios logísticos, porque, muitas vezes, os centros que fazem a produção das células CAR-T não estão próximos ao hospital em que serão aplicadas no paciente”, relata o orientador do estudo e pesquisador do INCA, Martín Bonamino.

Atualmente, o protocolo tradicional da técnica consiste na utilização de um vírus para a alteração gênica e, durante os estudos, os pesquisadores passaram a fazer uso de um fragmento de DNA, que permite vantagens em relação ao tempo de multiplicação.

“Agora, precisamos adaptar a forma como geramos estas células para chegar a uma escala maior. Em seguida, submeteremos o protocolo para a apreciação da Anvisa e, enfim, começar a testar nosso produto em pacientes. Estamos otimistas, até porque é um tratamento que tem demonstrado excelentes resultados”, diz ele.

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