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Carnaval

Enredo da Imperatriz de 2023 estará em novo longa-metragem sobre o cangaço

Primeiro documentário nacional sobre Lampião conta com depoimento exclusivo de Ariano Suassuna, do carnavalesco Leandro Vieira, entre outros

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Enredo da Imperatriz de 2023 estará em novo longa-metragem sobre o cangaço (Foto: Oscar Liberal/ Divulgação)
Enredo da Imperatriz de 2023 estará em novo longa-metragem sobre o cangaço

Antes mesmo de passar oficialmente pela Sapucaí, o enredo da Imperatriz Leopoldinense para este Carnaval já ganhou espaço no cinema nacional. Imagens de bastidores do barracão onde são produzidas as alegorias e figurinos de “O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida”, do carnavalesco Leandro Vieira, estarão no longa-metragem “Lampião – O Governador do Sertão”, que tem previsão de lançamento para o segundo semestre deste ano. O filme conta ainda com depoimento inédito e exclusivo de Ariano Suassuana e uma entrevista do artista leopoldinense.

Assim como a narrativa proposta por Vieira, o filme do cineasta Wolney Oliveira retrata as formas como o cangaceiro usou o cordel e o jornal, a cantoria e o cinema, e até mesmo a estética para propagar seus feitos reais e imaginários, ampliando sua fama, rompendo as fronteiras sertanejas e se imortalizando na cultura popular brasileira.

O cineasta, também autor do documentário “Os últimos cangaceiros”, de 2011, explica a relevância da temática ser retratada no Carnaval do Rio de Janeiro:

“Estamos falando de um personagem mítico da cultura popular brasileira, que se imortalizou no nosso imaginário e será representado, mesmo que de forma lúdica, no maior espetáculo da Terra”, explica Wolney.

Para Leandro, a representatividade de Virgulino Ferreira da Silva ultrapassa os limites de quem de fato foi o cangaceiro, mas sim sobre suas conquistas e a forma como revolucionou a estética nordestina.

“Nossa proposta não toma partido se Virgulino foi herói ou vilão. Na verdade, independente de qual tenha sido sua morada pós-morte, nosso intuito é mostrar que Lampião foi responsável pela identificação estética que temos até hoje do homem do sertão, com chapéu meia lua e roupa de couro. Gostando ou não, ele está eternizado na literatura de cordel, na arte de Mestre Vitalino e na música de Gonzagão. Sendo, portanto, um mítico personagem imortalizado no nosso imaginário”, afirma o artista.

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