Café e cigarro combinados contribuem para o aumento de doenças cardíacas, relata especialista

A utilização de cafeína e nicotina estaria associada aos riscos de doenças cardiológicas. Segundo especialistas e estudiosos, a fórmula conjunta se revela pior do que a soma dos efeitos de cada substância tomada isoladamente. Em atenção pelo Dia Mundial do Coração, 29 de setembro, o alerta fica para o consumo moderado de café e o combate ao tabagismo, entre homens e mulheres.

Na visão do cirurgião e neurocientista, Dr. José Augusto Nasser, a discussão sobre o assunto se revela bastante ampla. Ele lembra que o tema foi debatido durante a reunião anual da Sociedade Americana de Biologia Celular, no último mês de dezembro. Todavia, sem conclusões específicas sobre os impactos da discutida combinação.

“Muitos estudos foram realizados para ver se há uma ligação direta entre cafeína, bebida de café e doença cardíaca coronariana. Os resultados são conflitantes. Isso pode ser devido à forma como os estudos foram feitos e confundir com fatores alimentares”, explicou o neurocirurgião. Ele afirma que o consumo moderado de café, entre 1 e 2 xícaras, “não parece ser prejudicial” à saúde do indivíduo.

De acordo com o cirurgião, a cafeína tem muitos efeitos metabólicos. Ele pontua que a substância estimula o sistema nervoso central, acarreta a liberação de ácidos graxos livres do tecido adiposo, além de afetar os rins, aumentando a urinação e até levar a desidratação.

“Cafezinho pode ser consumido com moderação”, finalizou o neurocientista ao lembrar que cafeína, além da bebida café, também pode ser encontrada em chás, refrigerantes, energéticos, entre outros produtos da indústria de bebidas.