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Ciência

Como a falta de contraste prejudica os animais?

Substância é fundamental para a realização de exames

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Como a falta de contraste prejudica os animais? (Foto: Divulgação)
Como a falta de contraste prejudica os animais? (Foto: Divulgação)

A saúde dos animais pode estar ameçada devido à falta de distribuição de contraste iodado para fins veterinários. A substância é importantíssima para a realização de exames de radiografias, tomografias e também de ressonância magnética. Além disso, a falta de contraste também pode prejudicar os serviços de saúde que dependem deste elemento e abrigam profissionais de saúde e asseguram o emprego de muitas famílias.

Segundo o médico veterinário neurologista e CEO do CRV Imagem, o Dr. Alex Adeodato, sem meios de contraste para exames de imagem, não terão diagnósticos e muitos animais poderão morrer por falta de diagnóstico e tratamento:

“No limite, humanos também vão morrer, pois sem usar contraste em pesquisas clínicas, feitas em animais, também não chegaremos a tratamentos para humanos. Não existe alternativa. Existem sim, algumas outras empresas que fabricam e distribuem contrastes. Com a decisão da GE Heathcare (de longe a maior fornecedora de do mercado) de suspender o uso dos meios de contrastes deles, temos já duas empresas que não nos fornece (GE Heathcare e Guerbet). As outras (Bayer, Bracco) estão sendo buscadas agora após esse susto de restrição da GE”, afirma.

Alex Adeodato ressalta que o grande problema é a justificativa de base para essa suspensão:

“Os veterinários podem usar medicamentos, insumos e equipamentos fabricados e desenvolvidos para seres humanos, uma vez que nunca haverá fabricação específica de muitas coisas para todas as espécies animais. Isso é assim no mundo todo e é regulamentado pelo CFMV. O problema é que, vez ou outra, uma empresa resolve mexer no vespeiro e perguntar a ANVISA sobre o uso “of lable” de uma medicação ou outra. A ANVISA não regulamenta NADA na saúde animal. Daí vão para o MAPA, que não regulamenta NADA que foi produzido para humanos. Nós ficamos no limbo jurídico com única e exclusivamente a orientação de uso do CFMV”, conta.

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