Criopreservação: Entenda o método e como ele pode ser aplicado na ‘Fertilização In Vitro’

A maternidade ainda é o grande desejo de muitas mulheres, mas engravidar pode ser um processo complicado. No Brasil, a taxa de infertilidade conjugal gira em torno de 20% e envolve muitos fatores como, por exemplo, idade, que chega fazendo com que o corpo feminino sofra uma perda da quantidade e qualidade dos óvulos que nascem com as mulheres e nunca mais são produzidos novos. A criopreservação é um procedimento complementar às técnicas de reprodução assistida, que oferece amplas possibilidades para mulheres e homens inférteis ou para aqueles que querem preservar sua fertilidade. A técnica consiste na preservação de material genético, como óvulos, espermatozoides, embriões ou tecidos reprodutivos, com o objetivo de conservar suas características, mantendo-os saudáveis e com capacidade reprodutiva para utilização futura.

O procedimento está relacionado à realização da fertilização in vitro (FIV) e, em casos bem específicos, à inseminação. A criopreservação é utilizada, ainda, para a preservação social ou oncológica da fertilidade.

Cristiane Coelho, médica ginecologista, especialista em fertilização e referência em reprodução humana, explica sobre a técnica:  “O congelamento de óvulos se destaca como uma opção de preservação do desejo de ser mãe, assim como uma ótima alternativa para um planejamento familiar de médio/longo prazo, pois liberta a mulher da pressão social da maternidade e da dependência etária biológica, garantindo, inclusive, uma gestação emocionalmente segura.”

Os homens também podem ser beneficiados, embora para eles a idade não tenha o mesmo impacto. A criopreservação, em qualquer dos casos, seja de óvulos, espermatozoides, embriões ou tecidos reprodutivos, deve ser resultado, exclusivamente, de uma decisão particular e individual.