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Ciência

Dia Nacional do Ciclista: especialista do INTO ressalta benefícios da bicicleta para saúde integral

Cuidados precisam ser tomados na hora de escolher o tamanho e os ajustes individuais para pedalar

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Dia Nacional do Ciclista: especialista do INTO ressalta benefícios da bicicleta para saúde integral
Dia Nacional do Ciclista: especialista do INTO ressalta benefícios da bicicleta para saúde integral (Foto: Divulgação)

Cerca de 28% dos brasileiros usam a bicicleta como meio de transporte ou lazer ao menos uma vez por semana. O dado, da pesquisa “Ciclismo ao Redor do Mundo”, mostra a importância da bicicleta na vida do brasileiro. Os benefícios são muitos, mas devem caminhar junto com os cuidados. Segundo a ortopedista do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), Sandra Minamoto, tanto os atletas amadores como aqueles que usam a bicicleta para transporte precisam ficar atentos ao tamanho da bicicleta e ao ajuste individual.

“Hoje temos muitas maneiras de realizar os ajustes para evitar lesões. O mais importante é adequar o tamanho da bicicleta à pessoa e fazer os ajustes em relação ao posicionamento do banco e do guidão para que o ciclista não fique com uma postura inadequada da coluna lombar. Quando não for possível fazer o ajuste do guidão, ajustar o banco pode ser suficiente”, destaca Minamoto.

Se bem usada a bicicleta pode ter inúmeros benefícios para a saúde integral dos praticantes. Ela pode contribuir como uma ferramenta no controle ou redução do peso, além de acelerar o metabolismo dependendo do tipo de exercício que for feito. Para o sistema musculoesquelético os benefícios são ainda mais evidentes.

“Dependendo do tipo de treino que se faça, ele pode ocasionar um aumento da massa muscular em membros inferiores, músculos da perna, coxa, glúteo e panturrilha, além de melhorar a resistência muscular e a coordenação”, ressalta a médica.

Ela explica ainda que esse ganho de massa muscular é fundamental para a saúde óssea. “Quanto maior o aumento da massa muscular, maior o aumento da densidade óssea, o que auxilia diretamente na prevenção da osteoporose”, afirma a ortopedista.

Apesar de a bicicleta ser uma aliada do bem-estar físico e emocional, é preciso redobrar a atenção para evitar problemas ortopédicos. As lesões mais comuns para quem pratica o esporte de forma regular acontecem na região do joelho, sobretudo pelas ações repetitivas de dobrar e esticar essa parte do corpo durante as pedaladas.

“Esses movimentos repetidos podem provocar o que chamamos de Síndrome da Banda Elitibial, um atrito do tecido que fica na parte lateral da coxa – desde o quadril até um pequeno osso situado logo abaixo do joelho – que pode causar dor e inflamação”, explica Minamoto.

A médica lembra ainda que é importante estar atento às quedas, que são as principais causas de lesões ortopédicas mais graves. “Por isso é fundamental o uso de equipamentos e acessórios de segurança, como capacete, luvas, cotoveleira, joelheira, retrovisores e farol de sinalização”, enfatiza Minamoto.

Além da orientação de um profissional habilitado, a ortopedista recomenda que o ciclista evite usar marchas pesadas e mantenha os joelhos sempre alinhados para prevenir as sobrecargas ao corpo e garantir o uso seguro da bicicleta.

Para as crianças o cuidado deve ser ainda maior. “É muito comum durante as pedaladas as crianças prenderem o pé no aro da bicicleta, o que provoca uma lesão em partes moles e possíveis lesões ligamentares. Em alguns casos pode acontecer a chamada fratura por avulsão, uma espécie de arrancamento ósseo. A assistência médica imediata nessas situações é fundamental”, explica Minamoto.

A especialista conclui que o ciclismo, quando praticado de maneira segura, é um instrumento importante para a melhoria da qualidade de vida. “Traz benefícios não somente para o corpo, atuando no fortalecimento ósseo, mas contribui ainda para a saúde emocional, sobretudo dos idosos, que ganham mais independência e mobilidade”, finaliza a médica.

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