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Ciência

Diabéticos têm maior risco de ter gordura no fígado

Nova recomendação de associação médica norte-americana prevê rastreio da esteatose hepática associada à disfunção metabólica em pessoas portadoras de pré-diabetes ou diabetes tipo 2

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Diabéticos têm maior risco de ter gordura no fígado (Foto: Divulgação)

Uma nova recomendação da American Association of Clinical Endocrinology (AACE) prevê que a esteatose hepática não alcoólica – conhecida popularmente como doença gordurosa do fígado e, recentemente, renomeada como esteatose hepática associada à disfunção metabólica – deva ser rastreada em pacientes com pré-diabetes e diabetes tipo 2. Isso porque eles têm risco aumentado de desenvolver a condição, que pode ocorrer em até 70% dos diabéticos tipo 2.

O Dia Mundial do Diabetes, comemorado nesta terça-feira (14), reforça a importância de a população adotar medidas preventivas para evitar o desenvolvimento do diabetes tipo 2 e suas complicações. Segundo a dra. Andrea Fragoso, endocrinologista do Sérgio Franco, laboratório carioca de medicina diagnóstico da Dasa, o diabetes tipo 2 é uma doença crônica que afeta o corpo de maneira múltipla, e essa nova diretriz evidencia o fígado também como um potencial órgão alvo de complicações e com necessidade de monitorização frequente, assim como as complicações cardíacas e renais do diabetes já conhecidas.

“O diabetes é um problema de saúde global que vem crescendo e impacta o bem-estar de maneira importante, podendo cursar com complicações graves, inclusive no fígado, o que não era tão avaliado antigamente. O paciente com diabetes tipo 2, ao ter um comprometimento hepático, pode evoluir para fibrose avançada, cirrose e até câncer. Com essa nova recente diretriz, fica evidenciada a importância de controlar as complicações hepáticas do diabetes”, explica a dra. Andrea Fragoso.

No Brasil, em 2022, 16,8 milhões de pessoas conviviam com o diabetes, e a estimativa é que, até o final deste ano, o número chegue a 21,5 milhões, segundo o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF). Mundialmente, a Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que a doença atinja a marca de 1,31 bilhão de portadores até 2050.

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