Ciência

Fiocruz realiza estudo que identifica defasagem entre registro da covid e boletins

Foto: Divulgação Fiocruz

Estudo do projeto Monitora Covid-19, realizado por pesquisadores do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Icict/Fiocruz), e divulgado nesta quinta-feira (20), alerta que a divulgação de casos da doença pode apresentar mais de 50 dias de diferença entre o registro no sistema de saúde e a publicação nos boletins epidemiológicos, em alguns estados.

No Amapá, Maranhão, Paraíba, Rio de Janeiro e Rondônia, os dados oficiais registraram o número máximo de casos da covid-19 até sete semanas depois de ele ter acontecido efetivamente. O que significa que medidas importantes de saúde pública podem ter demorado a ser tomadas, prejudicando o combate à epidemia, alerta o estudo.

O epidemiologista do Icict Diego Xavier explicou à Agência Brasil que foi feita uma análise considerando os dois sistemas de referência do Ministério da Saúde que abrangem a covid-19: o Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (Sivep-Gripe) e o e-SUS VE, criado para atender à elevada demanda de notificações de casos devido à epidemia.

“E a gente identificou essa diferença no tempo. Em alguns estados, a gente tem essa variação grande em número de dias entre a data que ocorreram a máxima de casos e os óbitos. Em última análise, é isso”.

Diego Xavier ressaltou que o sistema de saúde também foi bastante afetado pela pandemia do novo coronavírus (covid-19), principalmente nos estados onde a covid chegou primeiro.

“As maiores diferenças a gente observa exatamente nesses estados”, apontou. É o caso, por exemplo, do Rio de Janeiro, Amazonas e Pará. Outros estados em que foi identificada diferença grande entre as datas real e oficial em relação ao número máximo de casos foram Paraná (30 dias), Rio Grande do Norte e Espírito Santo (27 dias cada), Goiás (25 dias), Distrito Federal (26 dias), Rio Grande do Sul (22 dias), Roraima (21 dias), Santa Catarina (20 dias) e Amazonas (19 dias).

O epidemiologista explicou que a doença leva um tempo para se confirmar por exame laboratorial e que, no início da pandemia, havia pouca capacidade de testagem, o que, segundo ele, também influenciou, além do volume muito grande de notificações.

Diego Xavier disse que os sistemas de atendimento de pacientes não estavam preparados, o mesmo ocorrendo com os sistemas de notificação. “Isso acabou resultando nesse problema, nessa defasagem”.

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