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Ciência

Resultados de exames de PSA com anomalias aumentam no Rio, segundo levantamento da Dasa

Crescimento foi de 33% em comparação com 2022 e 2023; já a demanda para a realização desse exame aumentou em 5% nas unidades da rede no estado

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Resultados de exames de PSA com anomalias aumentam no Rio, segundo levantamento da Dasa (Foto: Divulgação)
Resultados de exames de PSA com anomalias aumentam no Rio, segundo levantamento da Dasa (Foto: Divulgação)

O número de exames de Antígeno Prostático Específico (PSA) – teste utilizado para diagnóstico, monitorização e controle da evolução do câncer de próstata – com resultados anômalos, ou seja, que indicam risco maior para o desenvolvimento da doença, aumentou em 33% no estado do Rio de Janeiro, de janeiro a outubro de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo um levantamento realizado pela Dasa, a maior rede de saúde integrada do Brasil.

O dado considerou os exames realizados em todas as unidades diagnósticas da rede no estado, que incluem os laboratórios Sérgio Franco, Bronstein e Lâmina. O levantamento também apontou um aumento no número de homens que buscam exames de PSA, que cresceu 5% em toda a região no mesmo período.

“O aumento da procura é ótima notícia em termos de prevenção. É um sinal de que os homens estão se cuidando. Esses exames são importantes para fazer a triagem e investigação de potenciais patologias da próstata, inclusive o câncer. A apuração posterior dos laudos que apresentam resultados divergentes ou anômalos é fundamental para o cuidado da saúde masculina”, afirma o dr. Gustavo Fernandes, diretor da Dasa Oncologia.

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que homens a partir de 50 anos procurem um urologista para avaliação individualizada de câncer de próstata. Negros ou homens com parentes de primeiro grau com histórico da doença devem começar o monitoramento antes, aos 45 anos. Em geral, os exames devem ser feitos anualmente, mas o médico pode prescrever outra periodicidade, conforme a avaliação do paciente.

Um em cada nove homens pode desenvolver câncer de próstata

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata ocupa a segunda posição entre os tipos mais frequentes de neoplasia no Brasil. Entre os homens, é o tumor mais incidente no país, cujo número estimado de novos casos para o triênio de 2023 a 2025 é de 71.730, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), ou seja, um em cada nove brasileiros poderá ter câncer de próstata.

“Embora a estimativa seja alta, um percentual grande de tumores pode ter crescimento lento e evolução favorável, sendo o diagnóstico precoce a melhor maneira de definir esse prognóstico”, reforça a dra. Natalia Sabaneeff, radiologista especialista em urologia da CDPI, marca pertencente a Dasa.

A especialista explica que, além do PSA, outros exames de imagem têm papel importante na investigação diagnóstica, como a ressonância magnética multiparamétrica da próstata, que exerce função central no fluxo diagnóstico, sendo capaz de caracterizar lesões suspeitas, selecionar melhor os pacientes candidatos à biópsia e, muitas vezes, descobrir tumores mesmo em pacientes com o PSA normal.

“A chegada de novas tecnologias, como a fusão de imagens de ressonância magnética com a ultrassonografia, permitiu a execução de biópsia dedicada de lesões muito pequenas e de localização atípica, que costumavam ser perdidas em procedimentos randômicos, com a chance de se obterem diagnósticos cada vez mais precoces e precisos. Além disso, o PET-TC PSMA, método híbrido que une informações anatômicas e metabólicas, mudou o paradigma da pesquisa de metástases de câncer de próstata, já que tem altíssima acurácia no rastreio. Hoje, nós temos, no Brasil, alguns dos melhores equipamentos do mundo na medicina diagnóstica”, explica dra. Natalia.

Tecnologia genética avalia agressividade do câncer de próstata e auxilia na escolha do melhor tratamento

Com o diagnóstico confirmado, a tecnologia genética tem ajudado pacientes a entenderem o grau de agressividade dos tumores de próstata e os auxiliado na melhor conduta terapêutica.

O exame capaz disso é o teste genômico Prolaris, que analisa 46 genes para indicar a agressividade do câncer de próstata, confirmando se o paciente tem uma forma hereditária da doença que pode ser mais agressiva ou se é possível aumentar o risco de um tumor secundário, por exemplo.

“A importância do teste justifica-se pelo fato de que muitos pacientes com câncer de próstata morrem com a doença, e não da doença, uma vez que possuem tumores muito indolentes (pouco agressivos) e que crescem lentamente. Com base nessas informações fornecidas por meio de escores, os médicos conseguem tomar a melhor decisão terapêutica sugerida pelo teste”, ressalta o dr. Cristovam Scapulatempo, diretor médico da Dasa Genômica e consultor do laboratório Sérgio Franco.

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