Enfermeira negra, obesa, hipertensa e diabética é primeira pessoa vacinada no Brasil

A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, foi a primeira pessoa vacina contra a Covid-19 no Brasil. Ela recebeu uma dose da Coronavac, imunizante da farmacêutica chinesa Sinovac que tem parceria no país com o Instituto Butantan, na tarde deste domingo (17), no Hospital das Clínicas de São Paulo. O ato simbólico aconteceu minutos depois da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial da vacina.

Moradora de Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, Mônica trabalha na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Emílio Ribas, referência no tratamento de doenças infecciosas, como a Covid-19, no país. Obesa, hipertensa e diabética, a enfermeira faz parte do grupo de risco para a doença provocada pelo novo coronavírus. No entanto, esteve na linha de frente da unidade no combate à pandemia.

Logo após a aplicação, Mônica recebeu das mãos do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), um selo com os dizeres “Estou vacinado pelo Butantan” e uma pulseira com a frase “Eu me vacinei”. Além dela, o enfermeiro Wilson Paes de Pádua, de 57 anos, do Hospital Vila Penteado, também foi vacinado na cerimônia.

O evento também contou com a primeira indígena vacinada do Brasil. Trata-se de Vanusa Kaimbé, de 50 anos. Ela é técnica de enfermagem e assistente social, presidente do conselho dos indígenas Kaimbé do estado de São Paulo.

Doria ainda fez um pronunciamento em que garantiu que profissionais de saúde do Hospital das Clínicas já serão imunizados a partir deste domingo (17). Além disso, o estado inicia nesta segunda (18) a execução do plano logístico de vacinação.