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Coronavírus

‘Quem é o Bolsonaro para dizer qual medicação que se vai tomar?’, questiona presidente da CPI da Covid

Omar Aziz fez duras críticas a prescrição de remédios por profissionais que não são da área da saúde e defendeu uma "lei rigorosa" contra isso

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Imagem do Senador Omar Aziz
(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Omar Aziz fez duras críticas a prescrição de medicamentos por profissionais que não são da área da saúde e defendeu uma “lei rigorosa” contra isso
(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, fez duras críticas neste domingo (09) ao presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), e a prescrição de medicamentos sem eficácia comprovada para a doença provocada pelo coronavírus. Em entrevista ao historiador Marco Antonio Villa, Aziz classificou como crime a campanha favorável ao uso da cloroquina como tratamento precoce feita pelo chefe do Exevutivo. Para ele, tal atitude é o mesmo que “dar um tiro” e cometer um assassinato.

“Quem somos nós, quem sou eu, quem é o presidente Bolsonaro para dizer qual é a medicação que se vai tomar?”, iniciou Omar Aziz. “Não é só ele (Jair Bolsonaro), estou dizendo sobre qualquer um de nós. Esse é um crime que você comete”, continuou.

Na sequência, o presidente da CPI da Covid destacou que o chefe de Estado brasileiro mantém, desde o começo da pandemia, uma posição e um discurso anti-especialista no combate à doença. “Se tem uma pessoa nesse país que nunca enganou ninguém foi o Bolsonaro. Ele desde o primeiro momento tem uma linha que ele acha correta e, no meu ponto de vista, não é correta. Mas ele fala aquilo sem nenhuma dúvida de que ele está correto. Então, desde o primeiro (dia) ele defende que as pessoas têm de trabalhar, que para ele aglomeração não tem nada a ver, ele defende a imunidade de rebanho, a cloroquina, a ivermectina, ele sempre defendeu, não mudou de opinião desde o primeiro dia até hoje, infelizmente”, afirmou.

Para Aziz, se faz cada vez mais necessária a aprovação de uma “lei rigorosa” pelo Congresso Nacional penalizando a prescrição e divulgação de remédios por quem não é profissional da saúde. “É lógico que é uma campanha arquitetada por poucos, mas que parece milhões fazendo esse tipo de propaganda, enganosa, mentirosa. Uma pessoa dessa, se dá medicamento que (leva uma) pessoa a óbito, é a mesma coisa que você dar um tiro numa pessoa, não há diferença, se está cometendo um assassinato. Então, o Congresso tem obrigação de ser bastante rigoroso, com uma lei bastante rigorosa, em relação à prescrição de remédios por não profissionais”, declarou.

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