Conecte-se conosco

Capital Fluminense

Rio vacinou mais de mil cariocas com lote da CoronaVac interditado pela Anvisa

Instituto Butantan garante que doses são seguras, mas Prefeitura suspendeu aplicação dos imunizantes

Publicado

em

CoronaVac
CoronaVac (Foto: Divulgação)
CoronaVac

(Foto: Reprodução)

O município do Rio de Janeiro teve mais de mil pessoas vacinadas contra a Covid-19 com doses da CoronaVac de um dos lotes interditados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com a Secretaria de Saúde da capital, ao todo, 1.206 cariocas foram imunizados com o lote 202108113H neste sábado (4). Por orientação da Anvisa, a Prefeitura do Rio suspendeu o uso do lote até que o Ministério da Saúde se manifeste sobre o caso

Apesar da preocupação, a Secretaria informou que, ”neste momento, não há indicação de revacinar essas pessoas e qualquer reação adversa deve ser comunicada à unidade de saúde que aplicou a dose”.

O que diz o Butantan?

Após a decisão da Anvisa em interditar pelo menos 25 lotes da CoronaVac, que teriam sido envasados em um local sem aprovação do órgão,  o Instituto Butantan, de São Paulo, garantiu que os imunizantes são seguros para a população e defendeu que a medida “não deve causar alarmismo”.

Em nota, o laboratório paulista acrescentou ainda que foi o próprio Instituto que comunicou o fato à Anvisa, “por compromisso com a transparência e extrema precaução”.

Estado do Rio recebeu 1 dos 25 lotes interditados 

Além da capital fluminense, outros quatro municípios do Rio também foram abastecidos com o lote 202108113H. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), são eles: Niterói, São Gonçalo, Maricá e Itaguaí, todos na Região Metropolitana do estado.

Em nota, a SES afirma que orientou as secretarias de Saúde dos municípios que receberam o imunizante neste sábado (4), para que o lote fique armazenado até uma nova recomendação da Anvisa, destacando ainda que o restante das doses previstas para serem distribuídas neste domingo (5) será retido na Coordenação Geral de Armazenagem (CGA) da SES.

Até a última atualização desta reportagem, a Super Rádio Tupi não conseguiu contato com as secretarias de saúde dos municípios referidos acima.

Confira nota completa do Instituto Butantan: 

“O Butantan esclarece que a medida da Anvisa não deve causar alarmismo. Foi o próprio Instituto que, por compromisso com a transparência e por extrema precaução, comunicou o fato à agência, após atestar a qualidade das doses recebidas. Isso garante que os imunizantes são seguros para a população.

O Instituto Butantan encaminhou à Anvisa há 15 dias toda a documentação necessária para a certificação do processo de produção em que foram feitas essas doses. Por isso, tem convicção que ela será concedida em breve. Caso necessário, pode complementar a solicitação com mais dados, inclusive da Sinovac, caso a agência julgue necessário.

A vacina do Butantan é o imunizante mais seguro à disposição do Programa Nacional de Imunizações (PNI), por causa da sua plataforma de vírus inativado.

Todos os lotes liberados pelo instituto estão de posse do Ministério da Saúde, como firmado em contrato. Reafirmamos, no entanto, que todas as doses que saíram da unidade fabril estão atestadas pelo rigoroso controle de qualidade do Butantan.

Informa, ainda, que 6 milhões de doses da vacina do Butantan, que fazem parte de um lote de 12 milhões de imunizantes formuladas no site fabril da zona oeste de SP, aguardavam liberação da Anvisa. Na última quinta-feira (2), o órgão regulatório liberou e as mesmas foram expedidas na sexta-feira (3).

Esse pedido de liberação ao órgão regulatório aconteceu por uma mudança em uma das etapas do processo de formulação da vacina, que pode ocorrer no decorrer da fabricação. A fábrica onde é feita a formulação e o envase da CoronaVac são todas certificadas pela Anvisa, desde o final de 2020.

O Butantan convida a cúpula da Anvisa para voltar a conhecer as instalações das fábricas da Sinovac, na China, e reforça o seu compromisso com a saúde pública, que é comprovado ao longo de seus 120 anos de história.”

Continue lendo