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Capital Fluminense

RioHarpFestival chega a 18ª edição com 73 concertos totalmente gratuitos

Maioria das apresentações ocorre no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, que recebe 54 recitais

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RioHarpFestival
(Foto: Divulgação)

O Rio de Janeiro irá se tornar a capital mundial das harpas em julho. Entre os dias 01º e 31 do próximo mês, o RioHarpFestival vai apresentar 30 harpistas de 22 países, cerca de 150 músicos distribuídos por várias orquestras (muitas delas de programas de inclusão social desenvolvidos em comunidades), inserindo o festival do Brasil como o mais forte do circuito mundial. O sucesso de público das edições anteriores também chancela a importância da realização brasileira. O Banco do Brasil patrocina o projeto, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

São 73 concertos em 31 dias ininterruptos, todos com entrada franca, nas mais diversas formações da harpa e similares. São culturas musicais que vão da harpa mais conhecida, originada entre a Europa e o norte da África no século VIII, ao koto japonês. Em uma diversidade que vai do alaúde do duo de origem libanesa Al Nur Kibir a músicos formados nas comunidades cariocas e consagrados instrumentistas eruditos vindos das mais variadas partes do globo. O XVIII Rio Harp Festival reúne expoentes da África do Sul à Índia, além de representantes de quase toda a Europa e a América Latina.

A maioria das apresentações ocorre no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB RJ), que recebe 54 recitais em duas apresentações diárias no seu teatro, com capacidade para 172 pessoas. Também haverá recitais no Arte Sesc Rio, no Flamengo, e em locais que vão do CCJF (Centro Cultural da Justiça Federal), na Cinelândia, ao SESC Quitandinha, em Petrópolis, Real Gabinete Português de Leitura, Biblioteca Nacional, Jockey Club, Palácio São Clemente – Consulado de Portugal, Casa Museu Eva Klabin, além de pontos turísticos e históricos do Rio de Janeiro, como o Corcovado e o Forte de Copacabana.

Entre os destaques da edição 2023, está o harpista alemão Markus Thalheimer, que abre a programação, às 13h, no dia 1º de julho, dividindo o palco do CCBB RJ com a camerata do projeto Uerê, formada por crianças e adolescentes de comunidades do Rio de Janeiro que tocam instrumentos de cordas e percussão. Outro encontro de harpistas europeus com a música brasileira vem com a belga Heleen Vandeputte, que faz arranjos especiais para canções infantis do Brasil, como “Se Esta Rua Fosse Minha”, e faz quatro apresentações no CCBB RJ, dos dias 17 a 20 de julho.

A extensa programação inclui, ainda, no fim de semana dos dias 22 e 23 (sábado e domingo), o trio Trio Fujiyama Nippon, do Japão, representando o koto – harpa horizontal japonesa. No dia 28 (sexta-feira), é a vez do Duo Portinari, que com nome em homenagem ao grande pintor brasileiro, reúne a harpista argentina Soledad Yaya e o violista canadense Peter Pas.

O Brasil é representado por músicos como a harpista Vanja Ferreira, solista da Orquestra Sinfônica Nacional da UFF, que toca em diferentes formações, incluindo o duo com Elder Teixeira e participação com a Rio Camerata, além do Quarteto Diamante Negro, formado por musicistas negras. Outras atrações são programas mesclando harpistas estrangeiros com indígenas, com gaitas de foles, com cavaquinhos e com o Madrigal Cruz Lopes.

A harpista Claire LeFur traz um programa diferente com imagens dela no fundo do mar das Antilhas coordenadas com seu repertório no palco. E os Ecos Latinos, de New Orleans, trazem o jazz e os blues americanos. A programação completa está no site da RioHapFestival.

Com quase duas décadas de tradição, o XVIII Rio Harp Festival, uma realização do consagrado projeto Música no Museu, possuiu, sem dúvida, o maior elenco de atrações de um Festival Internacional de Harpas. Este ano, o festival também compartilha atrações com o VII SP Harp Festival (12 a 16 de julho) e com o I BSB Harp Festival, de 28 de junho a 2 de julho de 2023. Tanto em Brasília quanto em São Paulo, todas as apresentações serão nas respectivas sedes locais do Centro Cultural Banco do Brasil.

“Quando começamos em 2005 não imaginávamos que pudéssemos alcançar tanta amplitude no meio da harpa. E isto se consolidou quando fui convidado para o World Harp Congress na Holanda e Canadá podendo falar sobre o nosso RioHarpFestival que encantou os harpistas de todo o mundo. A partir daí não paramos de crescer”, afirmou Sérgio da Costa e Silva, idealizador e realizador do festival que é considerado o maior festival internacional de harpas do mundo.

Para Sueli Voltarelli, gerente geral do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, “realizar o Festival Internacional de Harpas no CCBB Rio é muito gratificante”. “Vemos uma grande diversidade de público interessada em conhecer esse instrumento de sonoridade variada, tocado por músicos de toda parte do mundo, que desperta intensa curiosidade tanto de jovens como de adultos. Patrocinar o RioHarp é contribuir, também, para a democratização do acesso e a popularização da música instrumental, e mais uma oportunidade de aumentar a conexão dos brasileiros com a arte e a cultura nacional e internacional”, declarou.

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