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Economia

Brasileiros ampliam investimentos em Fundos Imobiliários do exterior

Milionários brasileiros investem em média 20% de sua carteira no exterior nos fundos imobiliários (FII) nos EUA, segundo a YellowFi

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Na imagem, figura dos brasileiros
Brasileiros ampliam investimentos no Fundo Imobiliários do exterior (Foto: Ravena Rosa/ Divulgação: Super Rádio Tupi)
Na imagem, figura dos brasileiros

Brasileiros ampliam investimentos no Fundo Imobiliários do exterior (Foto: Ravena Rosa/ Divulgação: Agência Brasil)

 

A participação dos fundos de hipotecas residenciais da “YellowFi Management” na carteira dos milionários brasileiros que investem na gestora é, em média, de 20% do total do portfólio alocado no exterior. É o que indica levantamento da gestora norte-americana, especializada nesse tipo de investimento, entre seus clientes do Brasil.

Essa participação é significativa de uma mudança de comportamento do investidor brasileiro e mostra a ampliação da carteira no exterior para opções e produtos de investimentos alternativos e que possuam real efeito de diversificação e baixa correlação com o Brasil.

Os fundos da YellowFi têm tido crescimento na participação de investidores brasileiros entre seus investidores. Os brasileiros chegaram este ano a ser 70% dos clientes da administradora de recursos, após se expandir de 33% em 2018 para 52% em 2020.

O Brasil passou um grande período com juros básicos de dois dígitos, o que acabou levando o investidor nacional a se acomodar nos investimentos em títulos públicos do país. No entanto, a queda dos juros anuais para um dígito nos últimos anos levou a um retorno não tão atraente e, paralelamente, as plataformas independentes oferecem oportunidade para mais diversificação.

O investidor consegue opções de investimento em moedas menos voláteis e países com ambientes econômicos mais estáveis e de menor risco, como os Estados Unidos. “O investidor brasileiro ainda é muito fechado”, diz Cássio Segura, vice-presidente executivo da gestora de recursos, e que foi CEO do Banco do Brasil Americas. “Mesmo quando saía, o investidor de alta renda continuava apostando em papéis de empresas brasileiras, as mesmas empresas que já conhecia. Isso mudou. Agora, o brasileiro está mais disposto a diversificar e buscar uma carteira mais global, não ficando só no risco Brasil.”

 

Os clientes da gestora, todos milionários, têm uma participação de seus investimentos no exterior acima da média do Brasil, que é de 5%. Este percentual ainda é baixo em relação a outros países, compara o executivo. “Os EUA, a Europa, o Japão e mesmo a China, institucionalmente, todos investem muito mais no exterior que o Brasil”, afirma ele, que foi CEO do Banco do Brasil Americas.

Essa comparação com outros países é um dos motivos pelos quais, Segura vê muito espaço para crescimento da diversificação de carteiras e considera desejável para o Brasil que isso aconteça.

Na avaliação de Segura, antes faltava ao investidor confiança para explorar mercados desconhecidos. O movimento dependia da credibilidade de uma marca forte por trás e já vinha sendo feito pelos grandes bancos de forma mais tímida, mas ganhou notoriedade com a popularização das plataformas independentes de investimento.

Os Estados Unidos é visto como mercado promissor pelo investidor brasileiro. O estímulo dos gastos do governo, o consumo das famílias e os investimentos em residências contribuíram para um crescimento anualizado de 6,4% no primeiro trimestre deste ano, o segundo maior desde o terceiro trimestre 2003. A taxa de desemprego por lá segue em declínio, tendo caído para 5,8% em maio, bem abaixo do pico de 14,7%.

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