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Os desafios de escolher a primeira escola dos filhos

Especialista aponta o que pais e mães devem observar.

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Crianças
Crianças (Foto: Divulgação)

A escolha da primeira escola para o filho está na lista dos grandes desafios dos pais. Alguns pais buscam bons espaços com áreas externas que o filho possa brincar e explorar. Outros querem uma escola que tenha continuidade e não precise mudar quando passar para o primeiro ano do fundamental, e outros ainda buscam instituições que se preocupam em alfabetizar ainda na infância. Como escolher a primeira escola para o seu filho? O que é preciso analisar? Quais os benefícios de uma escola bilíngue, por exemplo?

De acordo com a diretora da MiniMe Educação Infantil, Laila Mendes, escolher a primeira escola é um momento de muita importância para as famílias com bebês ou crianças pequenas. “Hoje, entendemos que a educação infantil tem um grande valor na formação humana, que não deve ser percebida apenas como o que vem antes do que realmente importa. A neuroplasticidade desses primeiros anos faz com que a quantidade de informação processada na cabecinha de uma criança seja maior que em qualquer outra fase da vida e essa compreensão é um passo importante na escolha da primeira escola. A preocupação com o espaço, a equipe e o cuidado com o desenvolvimento infantil são fundamentais nesse momento”, explica.

Laila indica que é preciso fazer uma boa pesquisa, conversar com pais de crianças que frequentam o espaço, agendar visitas em todas as escolas da região para se ter base de comparação e não esquecer da sua lista de perguntas. “Questione sobre a formação da equipe, sobre a visão da escola sobre a educação infantil e se essa visão realmente está clara no cotidiano. Pergunte sobre a quantidade de crianças e de profissionais em cada grupo, sobre cuidados com alimentação e higiene e sobre a comunicação com a família – se é por aplicativo, por agenda, se existe um canal direto com a professora. Veja como é reportado o dia a dia da criança – o que comeu e a quantidade, o tempo que dormiu, trocas de fralda e solicitação de material, por exemplo”, aponta.

Diretora da MiniMe Educação Infantil, Laila Mendes
Diretora da MiniMe Educação Infantil, Laila Mendes (Foto: Divulgação)

Laila salienta que é preciso também questionar sobre como acontece a integração da criança na escola. “Se é com a família no espaço ou não – e sobre o uso de objetos de transição, como chupetas e naninhas. Pergunte como é o sono, se é sob demanda da criança ou se existe um horário que obrigatoriamente todos dormem. Questione sobre o acompanhamento do desenvolvimento das crianças – se existem relatórios e a periodicidade desses relatórios. Veja como é a disponibilidade de reuniões com as professoras, com a coordenação ou com a direção. Pergunte sobre as aulas especializadas, sobre a linha pedagógica e entenda se está de acordo com o que você acredita para a educação de seu filho. Questione sobre como eles lidam com birras, com o não e com os conflitos entre as crianças, sobre a visão da escola sobre o brincar na primeira infância, sobre a alfabetização e sobre a inclusão de crianças com direitos especiais. Isso tudo precisa estar muito alinhado com o que vocês acreditam”.

Laila finaliza dizendo que é preciso ver também se o espaço é limpo, adequado e seguro, se existe um pátio e por quanto tempo eles ficam lá. Agora, se sua opção for uma escola bilíngue, veja se essa escola realmente é bilíngue de acordo com a documentação da Secretaria de Educação e pergunte quanto tempo por dia de interação acontece no segundo idioma. “Entenda como é a visão da escola sobre o aprendizado de linguagens – se a visão é de aulas de inglês ou de aulas em inglês, ou seja, com os funcionários falando em inglês com os alunos. Também é importante perguntar se o bilinguismo é percebido com todo o potencial que ele tem de ampliar as conexões cerebrais. Hoje, as pesquisas da neurociência mostram que um cérebro bilíngue é mais flexível, tem uma maior capacidade de percepção de diferentes culturas e individualidades, o que traz uma maior capacidade social. Bastante coisa, não é mesmo? Mas é um processo fundamental para que vocês se sintam seguros e transmitam essa segurança necessária para seus pequenos estarem bem na escola e vocês bem no trabalho, não é mesmo?”, diz.

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