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Marisa D’Amato assume transição capilar e diz: ‘Esse é o meu cabelo, essa sou eu‘

Dj e influencer confessa ter sofrido bullying na escola por causa dos seus cachos naturais

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A transição capilar vem ganhando espaço nos últimos tempos desde que a luta contra os padrões de beleza impostos pela sociedade se transformou em uma consciência importante para as pessoas. Marisa conta qual foi seu despertar para aderir a transição capilar e admite ter casando de fazer escova para esconder os cachos:

“A minha ideia desde o início nunca foi alisar o cabelo. Quando eu tinha 15 anos fui a um salão fazer uma hidratação. Eu era muito nova, não entendia nada sobre alisamentos. A partir daí, o profissional que estava fazendo meu cabelo perguntou se eu gostaria de fazer um relaxamento. Lembro que na época perguntei se esse “relaxamento” alisaria meu cabelo e ele disse que não, que era só lavar que saia. Mas não foi o que aconteceu. Desde então eu nunca mais consegui ver meu cabelo cacheado pois crescia e ficava muito feio, na minha concepção. Então mantive até 2 anos atrás meu cabelo liso com progressiva.

O “start” da transição foi o cansaço de ficar fazendo escova, ficar com medo de sair na chuva e também enjoei do meu cabelo liso o tempo todo. O cabelo cacheado me permite mudar. Além disso tive uma grande influência de amigas que me incentivaram a tentar.”

A DJ abre seu coração e nos revela o que representa o processo de transição capilar para si e pontua que na maior parte do tempo se sentiu muito mal com o que via nos espelhos.

“Pra mim, a transição é um desafio muito grande porque é sua autoestima e segurança que está em jogo. Eu precisei estar disposta a entender que terão momentos que vou me achar linda e liberta, mas na maior parte do tempo deste processo me senti muito mal com a minha aparência. Diversas vezes pensei em desistir, outras, chorava e me sentia horrorosa.”

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Ninguém consegue fugir de críticas em qualquer passo da vida e com a influenciadora digital não foi diferente, apesar da morena deixar claro que nenhuma foi motivo suficiente para abalar a sua decisão.

“Meu cabelo é muito cheio e quem não me conheceu com cabelo cacheado acreditou e até hoje acreditam que eu uso peruca ou aplique. Já ouvi de pessoas que eu deveria alisar o cabelo de novo ou então fazer algo para tirar um pouco do volume. Mas esse é meu cabelo e essa sou eu. Hoje em dia eu tenho aceitado melhor e não ligado para as críticas, afinal de contas, eu que estou há 2 anos na transição, se as pessoas entendessem esse processo talvez tomariam mais cuidado ao julgar.”

A morena confessa que o processo não é fácil e que muitas vezes quis chorar diante do espelho, cada vez que usava o cacheado era um sentimento diferente até se achar realmente bonita com o novo visual.

“Eu não vivi uma transição 100% cacheada. Até pouco tempo atrás, eu ainda fazia escova ou penteados para esconder os cachos que ainda não estão totalmente naturais, ainda tem resquícios de química em algumas pontas. Tem pouquíssimo tempo que assumi realmente meu cabelo cacheado. A primeira vez que arrumei meu cabelo natural para sair de casa, eu me olhei milhões de vezes no espelho, queria chorar, pensei em desistir de sair de casa, mas consegui vencer minha insegurança. Depois desse dia foi um processo, cada vez que eu usava meu cabelo cacheado era um sentimento diferente, mas na maioria das vezes eu passei a gostar e me achar bonita.”

“A transição não é somente estética” é assim que Marisa D’Amato define inicialmente o motivo ideológico do seu processo de mudança capilar e revela já ter sofrido bullying por causa de seus cachos.

“Desde os meus 15 anos eu não via meu cabelo natural e todo dia tem sido uma descoberta de como eu era e me sentia. A transição não é somente estética e a busca por praticidade, até porque não é tão prático assim manter os cachos. Mas eu diria que me fez fortalecer minha força de vontade e autoestima. Nunca que há até 2 anos atrás eu pensaria em deixar meu cabelo natural, eu passei por muito bullying no colégio por causa do meu cabelo e quando alisei foi tudo muito mais simples. Mas hoje eu realmente não ligo para o que falam ou vão falar.”

Finalizando, a morena conta como está sua auto estima atualmente.

“Todo processo de autoestima é influenciado pelo que a sociedade impõe. A pressão estética atrapalha muito a nossa percepção do que é ou não bonito. Só que eu aprendi que beleza é algo completamente subjetivo. Não existe o feio, existe o que você se identifica mais. É completamente injusto julgarmos o próximo, suas características e jeitos, o que não te atrai, outras pessoas podem e tem todo direito de se atrair. E hoje eu levo isso pra vida e acredito que tenha sido essencial não só para a minha transição capilar mas também para tudo que “ponha em risco” minha autoestima.”

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