Entretenimento

‘Elle, Marielle Franco’: curta-metragem será exibido pela primeira vez no Rio

“Não serei interrompida, vai ter que aturar mulher negra, trans, lésbica, ocupando a diversidade dos espaços.” A voz de Marielle Franco (Presente!) ecoa entre os oito minutos do curta, assinado por Liliane Mutti e Daniela Ramalho, que será exibido na próxima terça-feira (24), às 18h, durante a Mostra FESTin Rio 2023, na Caixa Cultural. O filme, inédito no Rio, conta a emocionante história da viagem dos pais de Marielle Franco a Paris, no esforço de cobrar justiça pela morte da filha.

Elle, Marielle Franco é um filme-ensaio, um filme sonoro, narrado por áudios em primeira pessoa de Marielle, como o do trecho do seu discurso de posse como vereadora do Rio de Janeiro: “Não serei interrompida, vai ter que aturar mulher negra, trans, lésbica, ocupando a diversidade dos espaços”.

No curta, a voz de Marielle alterna com a voz de dor da sua mãe, Marinete, e de seu pai, Antônio. Seus pais foram a Paris, convidados para inauguração do jardim que leva o nome de sua filha, quando pediram justiça para Marielle e seu motorista Anderson, brutalmente assassinados no Rio de Janeiro.

“O Elle existe porque Marielle continua existindo em cada um de nós que fazemos do cinema nossa re-existência e lutamos por justiça, por cada vida interrompida pela violência. O filme carrega essa dor, especialmente a dor da família de Marielle. Por isso, optamos por um filme fundamentalmente de arquivo, que traz a Marielle criança, depois se formando na universidade com a bandeira do Brasil, a Marielle tomando posse como vereadora do Rio de Janeiro e discursando na Câmara, com a presença de Indianara e de mulheres trans da Casa Nem. A história dá a dimensão da violência dessa vida interrompida”, destacou Liliane Mutti.

“E ver seu Antonio e dona Marinete, pais de Marielle, narrando a dor da ausência da filha e a sua luta incansável por justiça me dá um nó no peito.Quanto de potência foi arrancada da sua família e de todos nós? São perguntas que ficam sem resposta e o filme tenta trazer a ferida desse silêncio”, afirmou a cineasta.

O Jardim Marielle Franco foi inaugurado por uma iniciativa da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, a partir de uma demanda de associações brasilianistas como a RED.br (Rede Europeia pela Democracia no Brasil), a Mulheres da Resistência e a Autres Brésils.

Realizado de forma colaborativa e voluntária pela Associação Cine Nova Bossa e o Coletivo Ubuntu Audiovisual, o curta tem distribuição do Centre Simone de Beauvoir. “Elle” já percorreu diversos festivais e circuitos, entre eles: Brésil en Mouvement (onde?), Festival Rainbow (Ceará), Digo (Goiás), MujerDoc (Espanha), Imaginária (Itália), Cineffable (Festival Internacional dos Filmes Lésbicos e Feministas), o Caminho de Cinema (Portugal). “Elle, Marielle Franco” foi o único curta documentário e único filme brasileiro dirigido por mulheres na sua estreia na 28ª edição do Festival Chéries Chéris, ano passado, em Paris.

Posts Recentes

Vídeo: assaltante algemado foge de delegacia na Penha

Um assaltante fugiu algemado da 22ª DP (Penha), na Zona Norte do Rio, depois de…

2 minutos atrás

Motociclista morre baleado após reagir a assalto na Avenida Paulo de Frontin

Policiais civis da Delegacia de Homicídios investigam a morte de um motociclista durante assalto na…

35 minutos atrás

Governo indica Magda Chambriard para presidência da Petrobras

O Ministério de Minas e Energia (MME) indicou a engenheira Magda Chambriard para exercer o…

43 minutos atrás

Mulher morre e outra fica ferida após serem atropeladas por trem na Zona Norte

Duas mulheres foram atropeladas por um trem na estação de Manguinhos, na Zona Norte do…

47 minutos atrás

Flamengo recebe o Bolívar em noite decisiva na Libertadores

Para o Flamengo, será vencer ou vencer nesta quarta-feira (15), diante do Bolívar, às 21h30,…

54 minutos atrás

Thank you for trying AMP!

We have no ad to show to you!