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Lançamento da 2ª temporada da websérie “Narrando Mulheres” conta com narrativas inspiradoras 

Primeiro episódio fala sobre Maria Felipa, uma das lideranças da Campanha da Independência do Brasil na Bahia

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Divulgação

 Após o sucesso da primeira temporada, a websérie “Narrando Mulheres” está de volta em exibição no YouTube com lançamento de três episódios, destacando em diferentes histórias a vida de três grandes mulheres brasileiras que participaram do processo de independência do Brasil, mas que não são sempre citadas nos livros acerca do tema. O projeto multimídia tem direção e roteiro de Luciana Zule e fotografia de Maria Paula Freire.

O primeiro episódio sobre Maria Felipa, uma das lideranças da Campanha da Independência do Brasil na Bahia, tem interpretação da atriz Márcia do Valle e a ativista social Jurema Werneck como convidada, vai ao ar no dia 10/5, quarta-feira, às 20 horas, no canal do projeto. Os dois seguintes, respectivamente, serão lançados nos dias  17 e 24/5.

O trabalho fecha com o making of e a versão com acessibilidade de toda a temporada no dia 31/5. Cada uma das três mulheres que terão suas histórias contadas nessa segunda temporada deixou uma marca de luta e resistência no período das guerras pela Independência do Brasil. Suas histórias revelam a complexidade desse período histórico, no qual um desejo em comum, o do país independente, é atravessado pela realidade social de uma nação forjada num sistema colonial extremamente exploratório e violento. Por isso, a história de cada uma homenageada pelo projeto, ajuda a contar a luta pela independência do Brasil a partir do ponto de vista do grupo social do qual elas pertencem. 

Maria Felipa, homenageada do episódio 1, é uma mulher negra, da ilha de Itaparica, livre e independente, em pleno contexto escravagista, que assume lugar de liderança em sua comunidade e conduz um grupo de 40 mulheres para combater invasões portuguesas, saindo vitoriosa. A história de Maria Felipa se mistura à história de independência do próprio território baiano, pois a Bahia celebra sua independência no dia 2 de julho de 1823. É importante lembrar que o Brasil só é declarado oficialmente independente em 1825, após a assinatura do Tratado de Paz e Aliança, em que o Brasil indenizou Portugal com 2 milhões de libras.

Bárbara de Alencar, a homenageada do episódio dois, foi uma mulher branca, dona de terras, que se envolve nos movimentos liberais pela independência, influenciada pelas informações trazidas pelos filhos, dos estudos em Olinda. Foi uma mulher à frente do seu tempo, que valorizava a educação e a liberdade feminina. Sonhou um Brasil independente da ação exploratória portuguesa, almejando uma ida direta para o regime republicano. Pagou caro por isso, tendo sido presa e torturada.

Já a indígena Dionísia, homenageada no episódio 3, foi uma mulher que, junto com sua comunidade, se rebela contra os abusos de um bispo católico, que tutelava o território de seu povo. A história de Dionísia nos aproxima da realidade dos diretórios indígenas, pouco tratada nas aulas de História, que mostra como os debates e lutas pela independência nem sempre levavam em conta o respeito pelo território indígena. Mantendo essa população num fogo cruzado de interesses, presos a ideia de que sempre precisariam ser tutelados. Ideia que começa a se romper, efetivamente, agora com a chegada de mulheres indígenas a cargos de comando na política e nas instituições que cuidam dos direitos dos povos indígenas. 

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