Conecte-se conosco

Entretenimento

Livro reúne experiência de artista visual com servidores da segurança pública do RJ

Obra da artista Tatiana Altberg reúne anotações, textos e fotografias feitas a partir de proposições realizadas pela artista, em 2018

Publicado

em

artista Tatiana Altberg
Livro reúne experiência de artista visual com servidores da segurança pública do RJ (Foto: Divulgação

A artista Tatiana Altberg lança, na próxima quarta-feira (24), o livro “Quem eu acordei hoje?”(Automatica Edições), no Retrato Espaço Cultural, no bairro da Glória, Região Central do Rio. O livro é fruto da Residência Artística do Setor Público (Rasp), programa mantido pelo República.org e Instituto Betty e Jacob Lafer, que estabelece diálogos entre artistas e funcionários de órgãos públicos, impactando na dinâmica de trabalho e no seu cotidiano.

A obra reúne anotações, textos e fotografias feitas a partir de proposições realizadas pela artista, em 2018, em um trabalho colaborativo com os 33 servidores públicos da Subsecretaria de Educação, Valorização e Prevenção da Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro.

Durante os meses em que esteve com os servidores públicos, Tatiana criou um jogo por meio de envelopes que deixava nas mesas de cada um com proposições para serem elaboradas, em forma de texto ou imagem. “Os envelopes abriam o espaço para que as pessoas entrassem em contato com memórias, com reflexões e coisas da própria vida”, explica. O término da residência coincidiu com o período em que a Secretaria de Segurança foi extinta pelo Governo do Rio.

As proposições iniciais tinham como intuito trabalhar a sensibilização dos servidores para a imagem e suas possibilidades narrativas e estéticas. A partir da quarta proposição, Tatiana montou um laboratório fotográfico dentro da Secretaria e deu início também a um trabalho com a fotografia pinhole, feito com uma câmera artesanal de lata que pode operar sem lentes.

Ao todo, foram realizadas 16 proposições diferentes, e as respostas a cada uma foram colocadas nas paredes da sala de convivência, substituindo os tons escuros de madeira pelas histórias e imagens produzidas pela equipe. Essas imagens estão agora documentadas também no livro.

“A arte tem a capacidade de abrir espaços dentro da gente, sejam eles reflexivos ou como experiências sensoriais. Tentei com esse trabalho, onde a matéria cotidiana dos servidores era permeada por questões relacionadas à violência, propor a abertura de frestas por onde as pessoas pudessem entrar em contato com matérias de outras naturezas, possibilitando formas diversas de se verem naquele contexto”, enfatiza a artista.

O livro é organizado pela Automatica Edições, Instituto Betty e Jacob Lafer e República.org.

Continue lendo