Coordenador das Olimpíadas diz que evento não depende de vacina

O chefe da coordenação dos Jogos de Tóquio, John Coates, afirmou que está planejando a realização da Olimpíada, mesmo se uma vacina contra o coronavírus não seja criada a tempo. O australiano disse que o Comitê Olímpico segue todas as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e de autoridades de saúde do Japão.

“O conselho que recebemos da OMS diz que devemos continuar a planejar em cima da data que temos e é o que estamos fazendo e isso não depende de uma vacina. Uma vacina seria ótimo. Mas, vamos continuar a ser guiados, como deve ser, pela OMS e as autoridades de saúde do Japão porque nisso tudo, a saúde e o bem-estar dos atletas e outros participantes nas Olimpíadas é nossa prioridade número 1”.

A declaração, feita em uma entrevista à “Coates à Associated Press”, da Austrália, foi uma resposta a presidente da Associação Médica do Japão, Yoshitake Yokokura, que afirmou que os Jogos Olímpicos só poderiam ser realizados em 2021, caso uma vacina contra a Covid-19 fosse criada.

A Olimpíada de Tóquio seria disputada neste ano, porém foi adiada devido à pandemia do novo coronavírus. Atualmente, o evento está marcado para acontecer entre os dias 23 de julho e 8 de agosto de 2021. Mas, uma nova mudança de data e até mesmo o cancelamento do torneio, caso a doença não esteja controlada até lá, já estão nos planejamentos, de acordo com o chefe do Comitê Organizador, Yoshiro Mori.

Vale destacar que a previsão era de 11 mil atletas participando dos Jogos, com 204 países disputando as 33 modalidades. Além disso, o COI e o Comitê Organizador do Japão tinham por estimativa que as provas recebessem até cinco milhões de espectadores de todo o mundo, nos 43 locais de disputas.