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Dívida Cível do Botafogo cresce; Conselho Deliberativo vota Recuperação Extrajudicial nesta segunda

O Regime Centralizado de Execuções (RCE) Cível é considerado ineficaz atualmente no Botafogo. A dívida relacionada ao passivo Cível do clube aumentou R$ 117.288.000,00 num prazo de 20 meses entre setembro de 2021 (R$ 329.595.000,00) e maio de 2023 (R$ 446.883.000,00), com 35,6% de crescimento. Diante dos fatos, a SAF Botafogo solicitou ao clube associativo a transformação do RCE em Recuperação Extrajudicial. Tal fato será votado nesta segunda-feira (10), às 19h, na reunião do Conselho Deliberativo, na sede de General Severiano.

O objetivo da mudança é melhorar a estratégia jurídica de renegociação de passivos do Botafogo associativo. A StonePartners foi a empresa contratada para executar o processo. O endividamento com elevação expressiva inclui dívidas transitadas em julgado, em fase de conhecimento e não judicializadas.

De acordo com a análise elaborada, o Fluxo de Caixa previsto para a Associação vindo da SAF projetando os anos seguintes tende a não comportar esse endividamento dentro do atual RCE, que prevê pagamentos praticamente sem a utilização de deságio. Outro ponto considerado diz respeito ao formato definido pelo juízo da RCE trabalhista, que se eventualmente replicado no Cível, poderá comprometer o modelo de SAF do Clube, em virtude do alto risco de não se atingirem os 60% do total da dívida quitada em 6 anos.

Além disso, o atual modelo de RCE adiciona imprevisibilidade ao planejamento financeiro do clube e segue sem decisão sobre a dívida Cível, maior volume do total do endividamento do Botafogo de Futebol e Regatas. Houve algumas tentativas de acordo com os credores Cíveis entre o fim de 2022 e início de 2023, que não trouxeram resultados positivos.

Em meados de março, o jornalista Rodrigo Capelo, especialista em questões financeiras, falou sobre o tema no programa “Redação SporTV”.

– Tem preocupações em relação às dívidas. A SAF veio, tem aportes de John Textor, mas nem por isso as dívidas do passado ainda não têm sua influência e seu peso. Elas estão causando problemas ao Botafogo. Esses números ilustram o principal problema e o motivo pelo qual o Botafogo está desistindo do acordo via Regime Centralizado de Execuções. Em um ano, pagou R$ 63 milhões em dívidas, mas baixou apenas R$ 3 milhões. O problema está nos juros. Quando a lei da SAF foi formulada, ficou estabelecido por sugestão do Botafogo, que a taxa de correção seria a Selic, a taxa básica de juros do país. Era de 2%, agora está perto de 14%, o que prejudica muito a SAF, que paga, paga, paga e não consegue baixar a dívida – explicou.

A modificação para o regime de Recuperação Extrajudicial possibilitaria um ambiente mais seguro e estável juridicamente, e a negociação adequada de pagamentos ao fluxo de caixa do clube. Também permitiria uma maior flexibilização de prazos e termos de negociação. Outros dois pontos fundamentais: aplicação imediata do deságio negociado pelo clube com a maioria dos credores e um Fluxo de Caixa futuro totalmente previsível para a Associação. A estratégia que poderá ser implementada será apresentada e discutida na reunião do Conselho Deliberativo. Todo o processo pode variar num período de 4 a 6 meses.

Outro objetivo do clube é criar um melhor ambiente de negócios que facilite investimentos feitos pela SAF no futebol, principalmente nas questões relacionadas a parte de estrutura no dia a dia do departamento e o futuro CT.

No último dia 26 de junho, o Conselho Deliberativo aprovou as contas da Gestão Durcesio Mello de 2022. Foram 110 votos a favor, 47 contra e quatro abstenções. O resultado gerou a renúncia de oito membros do Conselho Fiscal, que recomendou a reprovação das contas. A reunião também vai eleger os novos componentes para a reposição do colegiado.

Reunião pode selar novo RCE trabalhista

Uma nova audiência entre SAF, B.F.R, Comissão de Credores e Ministério Público do Trabalho está marcada na próxima terça-feira (11), às 09h, no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro. Será a segunda audiência na tentativa de conciliação para ser estabelecido novo formato de pagamento do RCE. A informação foi divulgada inicialmente pelo “Canal Estrela Solitária”.

No fim do mês de junho o Botafogo quitou uma parcela de R$ 6,5 milhões aos Credores dentro do prazo estabelecido para se manter no Regime Centralizado de Execuções. As conversas entre as partes giram em torno do pagamento da dívida calculada em aproximadamente R$ 180 milhões, que poderia ser paga num prazo de 14 anos.

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