Jogos Olímpicos de Tóquio, adiados para 2021, podem perder patrocinadores

O adiamento do evento implica a renegociação dos contratos, que expiram no final de 2020. A situação, aliada à incerteza provocada pela pandemia de Covid-19, poderá levar a que muitos dos patrocinadores não queiram renovar o contrato, colocando em causa a viabilidade financeira do Jogos Olímpicos (JO) de Tóquio, adiados para 2021, segundo o portal “Palco23”.

O adiamento dos JO envolveu custos adicionais para os patrocinadores, como taxas de adiamento. O problema que surge, consequentemente, é que o abandono do projeto pode prejudicar a imagem do maior evento desportivo à escala global, que, como indicam os patrocinadores, “é um acontecimento nacional e político importante”.

Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 não estenderam os contratos com os patrocinadores que terminam no final do ano. A situação, de acordo com a “Reuters”, fez com que alguns patrocinadores se perguntassem se deveriam continuar a apostar na realização “normal” do evento depois da pandemia de Covid-19 ter forçado o adiamento até 2021.

Os patrocinadores questionam os benefícios de apoiar o evento, sublinhando o corte de despesas ao mesmo que expressam preocupação com a capacidade reduzida no que diz respeito à presença de público. Os JO de Tóquio 2020 arrecadou 3,1 mil milhões de dólares (2,6 mil milhões de euros) em patrocínios domésticos.

No entanto, a situação no país é especial. Segundo agência japonesa “Kyodo”, apenas 24% dos japoneses são a favor da realização do evento. O problema dos contratos é um dos muitos derivados do adiamento, numa altura em que é necessário trabalhar para demonstrar a viabilidade dos jogos e perceber quais os protocolos de segurança que vão ser colocados em prática pela organização.