Justiça do Trabalho condena Vasco a pagar R$ 800 mil a Ribamar; clube ainda pode recorrer da decisão

E, além de viver um péssimo momento dentro das quatro linhas, com a permanência na Série B do Campeonato Brasileiro para 2022, o Vasco segue tendo de conviver com um cenário conturbado fora delas, nos bastidores de São Januário. Isso porque, depois de demitir o diretor de futebol Alexandre Pássaro e o técnico Fernando Diniz por conta do fracasso na tentativa de voltar à elite nacional, a Justiça do Trabalho condenou o Cruzmaltino, neste sábado (13), a pagar um valor de R$ 800 mil ao atacante Ribamar, revelado pelo Botafogo e com passagem pela Colina. Entretanto, o clube poderá recorrer da decisão.

O jogador, de 24 anos, deixou o time carioca em dezembro de 2020, após ter algumas desavenças com o então treinador português Ricardo Sá Pinto, que, inclusive, não desempenhou bom trabalho à frente da equipe. O seu vínculo contratual já iria terminar no mesmo mês em que saiu, porém, apenas no dia 31. O camisa 9 decidiu acionar a instituição em processo em fevereiro de 2021, quando, por meio de sua defesa, pediu cerca de R$ 1,5 milhão, referentes a salários atrasados (outubro, novembro e dezembro), 13º, férias proporcionais, premiação não paga (bichos por vitória em jogos da Copa do Brasil, da Sul-Americana e do Brasileirão), FGTS e verbas rescisórias.

O juiz Munif Saliba Achoche, da 17ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, acatou em parte os requerimentos do atleta. Houve diferença de entendimento nas quantias da multa e da premiação. Dessa forma, a sentença definiu o valor da indenização em R$ 800 mil. Contratado por empréstimo no fim de 2018, junto ao Ohod, da Arábia Saudita, pelo diretor executivo Alexandre Faria, na gestão do ex-presidente Alexandre Campello, Ribamar nunca caiu nas graças da torcida e sequer chegou a ser titular absoluto: foram oito gols em 61 jogos disputados.