O papa Francisco fez um apelo aos líderes mundiais presentes na cúpula da COP26 da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas neste domingo (31) para que ouçam “o grito da Terra e o grito dos pobres”.
Francisco, que fez da proteção do meio ambiente uma pedra angular de seu pontificado, disse em sua bênção na Praça São Pedro que esperava que a reunião em Glasgow fornecesse “respostas eficientes e oferecesse esperança concreta às gerações futuras”.
Foi a segunda vez em três dias que o papa fez um apelo aos participantes da reunião da ONU para que concordassem com ações e não com meras palavras na cúpula climática, que começa neste domingo.
Na sexta-feira (29), ele disse à rádio BBC que o encontro estava acontecendo em um momento crucial porque a pandemia de covid-19, a crise ambiental e os problemas de abastecimento de alimentos estavam juntos criando uma “tempestade perfeita” que corria o risco de provocar rupturas na sociedade.
Ele ressaltou essas preocupações no domingo, pedindo à multidão que visita uma exposição na Praça São Pedro sobre sua encíclica “Laudato Si” (Louvado Seja) de 2015 sobre o meio ambiente feita por um fotógrafo de Bangladesh. Os cientistas dizem que o país será um dos mais afetados pela elevação do nível do mar.
O papa, de 84 anos, havia dito várias vezes que esperava participar da COP26, mas o Vaticano anunciou em 8 de outubro que sua delegação seria chefiada pelo secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, sem explicar os motivos para a ausência do papa.
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