AFP PHOTO / Courtesy of KTSM 9 News Channel
No último sábado, um atirador matou 22 pessoas a tiros na cidade de El Paso, no Texas. A mãe do criminoso, identificado como Patrick Crusius, ligou para a polícia semanas antes do ataque para expressar preocupação em relação à arma que o filho tinha comprado.
Ela entrou em contato com a polícia de Allen, cidade na qual a família reside e localizada a 1.046 km de El Paso. A mulher afirmou estar preocupada pelo fato de Crusius possuir uma arma “do tipo AK” sendo jovem, imaturo e inexperiente, segundo relataram os advogados Chris Ayres e R. Jack Ayres à CNN.
De acordo com os advogados, o objetivo da ligação foi apenas “informativo”, já que a mulher não considerava o filho uma ameaça.”Não era um menino instável, com cólera ou de comportamento errático. Não é como se disparassem os alarmes”, declarou Ayres.
Na ligação, o agente de segurança afirmou que por o jovem ter 21 anos ele podia possuir legalmente uma arma. Ainda segundo os advogados, ela não informou o nome dela e nem do filho.
Antes do tiroteio Crusius divulgou um manifesto na internet no qual reproduzia o tom do discurso do presidente Donald Trump contra a imigração e alertava para uma “invasão hispânica no Texas”.
Na ação ele matou 22 pessoas, em que 8 eram de nacionalidade mexicana, além de deixar 20 feridos. Mais de 80% da população de El Paso – que faz fronteira com Ciudad Juárez, no México – é hispânica.
O atirador foi preso e está em prisão sem fiança à espera de julgamento. Os promotores já anunciaram que pedirão pena de morte para o acusado.
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