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‘Entregamos um doente e devolveram um corpo carbonizado’, diz sobrinho de vítima

Carlos Barcelos dos Santos morreu, aos 62 anos, no incêndio que atingiu o CTI do Hospital & Clínica de São Gonçalo

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Foto: Lucas Araújo / Super Rádio Tupi

Foi enterrado hoje (26), no Cemitério São Miguel, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, o corpo de Carlos Barcelos dos Santos. Ele morreu na última quinta-feira (24), aos 62 anos, vítima do incêndio que atingiu o Centro de Tratamento Intensivo do Hospital & Clínica de São Gonçalo. Carlos estava infectado pela Covid-19 e foi internado na unidade para tratar a doença. Ele teve o corpo carbonizado devido às chamas, que teriam começado por uma pane no sistema do ar-condicionado. Outras três pessoas ficaram feridas e foram levadas para a ala de emergência do hospital, onde permanecem internadas com o quadro de saúde estável.

No velório, Carlos Magno dos Santos, sobrinho da vítima, afirmou que o hospital não prestou assistência à família: “Nós entregamos um doente de Covid-19, e eles devolveram um corpo carbonizado. O enterro agora está sendo de caixão fechado. Eles me disseram, no momento, que o teto desabou. Meu tio foi a única vítima deste incêndio, e o corpo está lá. Como eu falei, o corpo está dentro de um caixão fechado porque a gente não pode ver”, disse ele.

Carlos Magno também falou sobre o vídeo registrado pelas câmeras de segurança do hospital, onde um funcionário deixa o setor minutos antes de o incêndio começar: “Eu fui saber pela mídia ontem. Eu até agradeço o apoio de vocês, pois são vocês que estão lutando por nós familiares. O que a gente apura agora é se esse rapaz foi uma pessoa que viu o começo do incêndio e se afastou do local sem prestar socorro, ou se foi um mero acaso ele passar ali perto do CTI”, concluiu o sobrinho.

Outras três pessoas ficaram feridas no incidente, e precisaram ser levadas para a ala de emergência da unidade, onde permanecem internadas com o quadro de saúde estável. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Alcântara (74º DP), onde o boletim de ocorrência foi registrado. O delegado Allan Duarte, responsável pela investigações, disse à reportagem da Super Rádio Tupi que, médicos, enfermeiros e diretores do hospital serão ouvidos nos próximos dias.

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