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Ministro da Educação será investigado por tráfico de influência e favorecimento a pastores

Em áudios revelados pela Folha de S. Paulo, Milton Ribeiro diz que prioridade aos líderes religiosos é um pedido especial do presidente Jair Bolsonaro

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Ministro da Educação, Milton Ribeiro
(crédito: Isác Nóbrega / Agência Brasil )
Ministro da Educação, Milton Ribeiro

(crédito: Isác Nóbrega / Agência Brasil )

O procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma investigação ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, após áudios revelados pela Folha de S. Paulo. O pedido foi para apurar a suspeita de tráfico de influência e favorecimento a pastores evangélicos na liberação de dinheiro para prefeituras. A ministra Cármen Lúcia será a relatora do inquérito no Supremo Tribunal Federal que vai investigar Milton Ribeiro.

A medida ocorre depois que diversos parlamentares enviaram representações à Procuradoria e ao Supremo para que se investigue a conduta do ministro.

A minoria da Câmara dos Deputados e a bancada do PT protocolaram no STF (Supremo Tribunal Federal) uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e Milton Ribeiro.

“Infelizmente, não é de hoje que o governo federal foi transformado num espaço que não há debate do interesse público. O que ocorre é a partilha do orçamento e das ações governamentais entre os amigos do presidente da República e de seus apoiadores”, afirmou o líder da minoria na Câmara, deputado Alencar Santana (PT-SP), na notícia-crime enviada ao STF.

Na notícia-crime, os denunciantes disseram que o ministério da Educação no Brasil possui, na verdade, dois ministros. “Estão decidindo as prioridades e os investimentos da pasta ministerial, de modo a privilegiar, não o interesse público, mas os desígnios pessoais e políticos do presidente e das igrejas que o apoiam ou que possam vir a apoiá-lo”.

Relembre o caso:

A Folha de S. Paulo revelou em um áudio, na última segunda-feira, Milton Ribeiro, o ministro da Educação, dizendo que o governo prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados por Gilmar Santos e Arílton Moura, dois pastores que não têm cargo e atuam em um esquema informal no MEC. O ministro disse ainda na conversa gravada que isso atendia a uma solicitação de Bolsonaro, o que foi negado em nota oficial do ministro, divulgada ontem.

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