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Brasil

Polícia Federal afirma ter indícios de que Renan Calheiros recebeu propina do Grupo Odebrecht

Senador alagoano nega as acusações e diz ser alvo de retaliação por conta da sua atuação na CPI da Covid

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Renan Calheiros sendo entrevistado em Brasília
(Foto: Lia de Paula/Agência Senado)
Renan Calheiros sendo entrevistado em Brasília

(Foto: Lia de Paula/Agência Senado)

A Polícia Federal (PF) iniciou o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com o inquérito, aberto em 2017 e enviado na última sexta-feira (02) ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF acusa o político alagoano de receber R$ 1 milhão em propina do Grupo Odebrecht, no ano de 2012, em troca do apoio a um projeto do interesse da empreiteira no Senado. Na época dos acontecimentos, Calheiros era presidente da Casa.

Por meio de nota, o senador negou as acusações e afirmou ser alvo de retaliação devido a sua atuação na CPI da Covid. “É uma surpresa que justamente agora, quando a PF, instituição de Estado, abre a investigação sobre a Precisa para facilitar habeas corpus do vendedor da vacina da propina e garantir seu silêncio na CPI, tentem essa retaliação. Mas não irei me intimidar. Os culpados pelas mortes, pelo atraso das vacinas, pela cloroquina e pela propina irão pagar”, declarou.

Ainda na nota, Renan Calheiros assegura não haver provas contundentes no inquérito. “A Polícia Federal não tem competência para indiciar senador. Apenas o STF. Essa investigação está aberta desde março de 2017 e como não encontraram prova alguma, pediram prorrogação”, alegou.

Vale destacar que a PF informou que o relatório foi entregue ao Supremo dentro do prazo determinado pelo ministro Edson Fachin, relator do caso. Ainda de acordo com a corporação, a Odebrecht favoreceu-se do projeto apoiado por Calheiros, na medida em que limitou a capacidade dos estados para concessão de benefícios fiscais a produtos importados.

Agora, com a conclusão do inquérito pela PF, o STF irá encaminhar o relatório para Procuradoria-Geral da República (PGR), que irá decidir se denuncia o senador ou se arquiva o caso. Caso a PGR ofereça denúncia e o STF aceite, o senador terá de responder a processo judicialmente.

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