Entregador é baleado por policial, em Vila Valqueire (Foto: Reprodução)
4.006 agressões foram registradas, somente neste ano, contra entregadores cadastrados no aplicativo iFood no estado do Rio de Janeiro. O número foi confirmado pela própria plataforma que apontou, também, que o município do Rio é o que concentra o maior número de conflitos entre os colaboradores da plataforma e os usuários do aplicativo.
O caso mais recente envolvendo confusões foi o do entregador baleado por um policial militar na Vila Valqueire na noite do último domingo (03). Ele segue internado em estado grave no CTI do Hospital Salgado Filho, no Méier.
Segundo o iFood, por conta do alto número de registros de violência, a cidade do Rio foi a escolhida pela plataforma para disponibilizar a Central de Apoio Jurídico e Psicológico para acolhimento presencial. O apoio online a entregadores é oferecido desde junho de 2023 e o presencial será realizado, a princípio, por 6 meses, para compreender a efetividade da medida. No local, nesse mesmo período, o iFood viabilizou o primeiro espaço exclusivo para entregadoras mulheres, também pelo prazo de 6 meses, por enquanto.
Somente entre agosto e outubro de 2023 foram registrados mais de 80 casos de agressão na cidade do Rio, grande parte gerados pela suposta obrigatoriedade do entregador ir até a porta da moradia do cliente e não até o ponto de contato mais próximo, como a portaria principal do condomínio, conforme a orientação dada pelo iFood aos entregadores e clientes.
No Brasil, o aplicativo registrou em 2024, no mês de janeiro, 6.389 denúncias de ameaça e agressão física a entregadores da plataforma. Em fevereiro, o número foi quase o mesmo, com 6.377.
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