Prima de falsa vidente acusada de dar golpe milionário em idosa deixa cadeia na Zona Norte do Rio

Acusada de envolvimento em um golpe de R$ 725 milhões contra uma idosa, Jacqueline Stanescos deixou nesta quarta-feira (12) o Complexo Penitenciário de Benfica, na Zona Norte da capital. A saída ocorreu após a Justiça do Rio substituir a prisão preventiva por domiciliar, com monitoramento eletrônico.

Na decisão, a juíza Catarina Cinelli Vocos Camargo pontuou que Jacqueline é portada de comorbidade, no caso diabetes, e foi diagnosticada com transtornos mentais, com uso de medicação. Sendo assim, a substituição da custódia em unidade prisional pela prisão domiciliar, de acordo com a magistrada, irá permitir para ré “melhores condições de dispensar os cuidados necessários à preservação integral de sua saúde física e mental”.

Apesar de deixar o presídio, Jacqueline terá de seguir medidas cautelares. Entre elas, a proibição de se aproximar da vítima, tendo que manter uma distância mínima de um quilômetro, além não poder realizar contato com ela por qualquer meio. A ré também está impedida de deixar o país, tendo sido obrigada a entregar o passaporte para Justiça.

Jacqueline estava presa preventivamente desde agosto deste ano, quando a “Operação Sol Poente” foi deflagrada pela Polícia Civil. Ela é prima de Rosa Stanescos, a falsa vidente conhecida como “Mãe Valéria de Oxóssi”. Ambas são acusadas de estelionato, roubo, extorsão, sequestro, cárcere privado e associação criminosa.

Além de Rosa Stanescos, outras três pessoas acusadas de participação no golpe contra a vítima de 82 anos seguem presas no Complexo de Benfica. São elas: Diana Rosa Aparecida Stanescos, meia-irmã da falsa vidente; Gabriel Nicolau, filho dela; e Slavko Vuletic, pai de Diana.