Rio

Clínica da Família do Jacarezinho fala de alimentação e das memórias de cozinha afro-brasileira

O Núcleo Ampliado à Saúde da Família (NASF) da Clínica da Família Anthidio Dias da Silveira, no Jacarezinho, realizou nesta terça-feira (29), uma ação de promoção da saúde para a comunidade falando sobre alimentação e a comida dos quilombos. Além da equipe de nutrição da unidade, professoras de gastronomia e pesquisadoras de culinária afro-brasileira da UERJ também marcaram presença na ação.

O evento começou com um café da manhã natural, com frutas frescas, sucos e bolos feitos com ingredientes colhidos na horta da clínica da família. Após a refeição, o bate papo iniciou com as convidadas especiais e os usuários da unidade. Porém, a alimentação não foi o primeiro tópico da conversa, e sim a nostalgia de uma época mais gostosa.

A professora de gastronomia e pesquisadora do Grupo de Extensão CulinAfro da UERJ Jorginete Damião lembrou de sua infância e das receitas que comia com os avós. E a seguir, pediu que todos presentes no auditório da CF Anthidio Dias da Silveira fizessem o mesmo. O público admitiu que as coisas mudaram, junto com a alimentação.

“A comida na época dos nossos avós, bisavós, era muito diferente. Minha avó falava para mim, ‘pega uma folha disso no quintal, pega uma semente daquilo’ e ia cozinhando. Tudo colhido e feito em casa” contou, Jorginete.

Alimentos in natura trazem mais benefícios à saúde. A nutricionista do NASF, Clarice Miranda de Carvalho, falou da importância da horta comunitária Viva Jacarezinho, administrada por voluntários na unidade básica de saúde.

“A nossa horta é uma forma de trazer o costume dos nossos antepassados de volta. E tentar diminuir o consumo de produtos industrializados, muitos são cancerígenos. Todos os usuários da clínica têm acesso, é só chegar, dizer o que precisa, e nós vamos lá colher”, disse nutricionista.

Unindo nutrição à culinária afro-brasileira, Danielle Theodoro, também professora gastronomia e pesquisadora do Grupo de Extensão CulinAfro da UERJ, falou um pouco das comidas dos quilombos. Junto com a professora Jorginete, ela apresentou o livro ‘Memórias e receitas das cozinhas dos quilombos’, trazendo receitas da culinária afro-brasileira.

“A cozinha dos quilombos também é um ato de resistência. Mostra as tradições. Hoje estamos mais acostumados a abrir pacotes, isso precisa mudar”, ensinou Danielle.

A nutricionista Clarice também reforçou do bem da memória afetiva, levada através do exercício que a professora fez no início do evento: “Dá vontade de cozinhar mais. Lembrar de que a gente ama e nos tratou com carinho há muito tempo.”

Dona Gerluzia, ou dona Gê, como ela gosta de ser chamada, é usuária da unidade e voluntária na horta. O trabalho com os vegetais, diz ela, “além de uma vida mais saudável, cuidar das plantas é terapêutico”.

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