Rio

Clínica do Caju oferece curso de artesanato com foco terapêutico e de geração de renda

Um olhar diferenciado, carinhoso e preocupado. Esse foi o pontapé inicial para que um projeto acolhedor e transformador pudesse nascer em uma clínica da família do Caju, na Zona Portuária do Rio. Baseada em um conceito amplo de Saúde, que abrange bem mais que o acesso à consultas, exames e cirurgias, a agente comunitária de saúde, Verônica Abreu, de 54 anos, desenvolveu um curso de artesanato colaborativo, onde cada um dos participantes pode compartilhar a sua arte e ajudar o próximo, seja como ferramenta terapêutica ou como fonte de renda. Atualmente, o curso conta com 25 participantes.

O trabalho nasceu há seis anos na sala de espera da Clínica da Família Fernando Antônio Braga Lopes, a partir da observação de Verônica. A profissional percebia o comportamento dos pacientes e como o tempo de espera pela consulta os deixava ansiosos e irritados. Com a criação do grupo de artesanato, que inicialmente acontecia uma vez na semana dentro do espaço da clínica, ela foi percebendo que o projeto tinha se tornado uma rede de apoio, de cuidado da saúde e uma opção de geração de renda para população.

“Tenho orgulho do SUS e de ser uma agente comunitária de saúde. Tenho orgulho de fazer parte dessa rede e de ver que nós podemos cuidar da saúde além dos consultórios. O grupo de artesanato toca na saúde das pessoas, contribuindo de forma positiva com o emocional, a geração de renda e a vida social. Tenho orgulho de poder fazer algo mais e, de alguma forma, fazer a diferença na vida das pessoas. O retorno que recebo é o meu alimento diário para continuar com o meu trabalho”, diz Verônica.

Com o tempo, o grupo cresceu e o que era apenas uma vez na semana passou a ser realizado duas vezes, uma na unidade de saúde e outra na comunidade. Com a ampliação do curso, o número de alunos aumentou e Verônica passou a ver famílias inteiras participando juntas, em prol do mesmo objetivo. Os trabalhos desenvolvidos passaram a ser expostos na praça principal do bairro, o que trouxe visibilidade para as atividades realizadas e renda para os artesãos expositores.

A aposentada Maria Stratigos, de 83 anos, soube do curso em uma das suas idas à unidade de saúde, e passou a frequentar as aulas. Muito experiente com trabalhos manuais, como bordados, crochê e tricô, ela começou a ajudar e fala com admiração da dedicação de Verônica: “Ela abraça a todos, incentiva e dá força. Ela consegue envolver todo mundo a sua volta, sempre com muita paciência. Ela é uma potência!”

Projetos como esse reforçam a ideia do Sistema Único de Saúde que queremos, e demostra todo o potencial dos profissionais de saúde da rede, que atuam diariamente para mudar a vida das pessoas. Os trabalhos desenvolvidos dentro das unidades de saúde são capazes de promover mudanças físicas, mentais e sociais, garantindo bem mais que consultas e remédios.

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