Com três mortes no mesmo dia, RJ registra aumento de 20% no número de feminicídios

Os casos de feminicídio no Rio de Janeiro tiveram um aumento de 20% no último ano. Em Maricá e em Niterói, ambos municípios da Região Metropolitana do estado, foram registrados duas mortes.

No bairro de Piratininga, em Niterói, Letícia Dias, de 27 anos, tinha ido visitar os filhos na casa do ex-companheiro, quando começou uma discussão.

Segundo testemunhas, Flávio Fonseca, de 36 anos, seguiu a vítima, deu socos nas costas da jovem e depois a golpeou com uma faca na altura do pescoço. Letícia Dias ainda tentou pedir ajuda, mas não resistiu. Flávio Fonseca segue desaparecido.

Os dois se relacionaram por seis anos e estavam separados há dois. O casal tem dois filhos, um de 3 e outro de 5 anos.

Já em Maricá, Yzabelli Cristini de Oliveira, de 18 anos, foi encontrada morta, nesta terça-feira (26) após sete dias desaparecida. Ela estava em uma área de mata, às margens de uma estrada e sem roupa. A Polícia Civil tenta entender as circunstâncias do crime. Ao que tudo indica, ela foi morta por um suspeito que já cometeu outros crimes de feminicídio na região.

“Chega de nos matar. Está difícil ser mulher, toda hora é isso. É um feminicídio atrás do outro. Basta”, disse Soraia Evangelista, amiga da vítima.

A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí assumiu as investigações de ambos os casos. O corpo da jovem foi enterrado nesta quarta-feira (27), no Cemitério de São Miguel, em São Gonçalo.

No centro do Rio, Sarah Jersey Nazareth Pereira, de 24 anos, foi morta com cerca de 16 tiros pelo ex-marido no prédio em que morava, na Rua Tadeu Kosciusco, no bairro de Fátima, na terça-feira (26). A jovem era ameaçada com frequência por Queven da Silva e Silva, que possuía 47 anotações criminais por tráfico, roubo e homicídio.