Suíça é resgatada de cativeiro em Paraty

Uma senhora de 67 anos foi resgatada depois de ficar mantida em cárcere privado por seis meses em um cativeiro localizado em Paraty. Dolores Ruth Zingg é suíça e chegou ao Brasil há 20 anos, acompanhada da mãe que era artista plástica.

Policiais civis da delegacia do município da Costa Verde localizaram a residência através de uma denúncia anônima e prenderam três criminosos que se aproveitavam dos bens de Dolores: são eles, Marcelo Max Barbosa de Melo, de 42 anos, Jorge Ribeiro da Silva, de 20 anos, e Elison da Silva Oliveira Neto, de 27 anos.

O delegado responsável pelo caso, Marcello Russo, contou com detalhes as condições que os agentes encontraram no cativeiro onde estava a suíça.

“A vítima estava em um local fechado e muito insalubre, com sujeira e escassez de alimentação, inclusive com comida estragada, além da geladeira não estar funcionando”, afirmou.

Depois do resgate, os policiais a conduziram ao hospital de Paraty, sob os cuidados de uma assistente social do município. A ação criminosa, segundo a polícia foi articulada por um dos criminosos que dizia exercer a curadoria da vítima, o que não foi comprovado em documentos e há suspeitas, segundo o delegado, de que o acusado teria recebido aproximadamente R$ 1,8 milhão, de uma “escritura fraudulenta”, relativo a um sítio localizado no município de Cunha, em São Paulo, próximo à divisa com o estado do Rio.

A mãe de Dolores, Ruth Rohrer, foi uma artista plástica renomada na Suíça, tendo inclusive vários quadros expostos no Museu Nacional da Suíça e alguns deles estavam na casa onde Dolores foi mantida em cárcere privado.