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Rio

Cristo Redentor se ilumina para conscientizar sobre doença que atinge mais de 20 milhões de brasileiros

Objetivo é alertar e conscientizar sobre a doença cardiovascular, que é silenciosa e uma das principais causas globais de incapacidade prematura e morte

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Cristo Redentor se ilumina para conscientizar sobre doença que atinge mais de 20 milhões de brasileiros (Foto: Divulgação)
Cristo Redentor se ilumina para conscientizar sobre doença que atinge mais de 20 milhões de brasileiros (Foto: Divulgação)

A Angina, uma condição que afeta mais de 10% da população brasileira , será lembrada na terça-feira, 18 de abril, com uma ação no Cristo Redentor. O monumento será iluminado de vermelho a partir das 19h30 com o objetivo de alertar e conscientizar sobre a doença cardiovascular, que é silenciosa e uma das principais causas globais de incapacidade prematura e morte .

Angina é o nome dado à uma condição médica caracterizada pela falta de sangue (isquemia) para nutrir o músculo cardíaco. Esse déficit causa como principal sintoma a dor no peito, desconforto e pressão, que podem ser desencadeados pelo estresse ou esforço físico. Geralmente, a Angina é a ponta de um iceberg, pois pode estar relacionada a doenças que causam obstrução nas artérias responsáveis por levar sangue ao coração (coronárias). O diagnóstico é clínico e se baseia essencialmente no relato do paciente, características da dor e sintomas associados .

O cardiologista Ricardo Pavanello, chefe da Seção de Coronariopatias do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e Fellow da Sociedade Europeia de Cardiologia, explica que a Angina pode ser um sinal de alerta para o infarto. “O infarto é a expressão máxima da Doença Coronariana, que se exterioriza por meio de sintomas, sendo a Angina o principal deles”, alerta.

Como a sensação de dor no peito, em geral, cessa após a retirada do estímulo que a causou, como a interrupção da atividade física, é comum que o problema seja negligenciado. Porém, com o passar do tempo, a Angina pode se agravar, tornando a dor mais frequente, limitando o paciente e prejudicando sua qualidade de vida. “Além disso, mesmo um paciente com sintomas leves, pode apresentar uma Doença Coronariana grave. Por isso, é importante buscar ajuda já nos primeiros sinais”, destaca Dr. Pavenello.

Para tratar a Angina é preciso, em primeiro lugar, identificar a causa. O cardiologista explica que o problema pode aparecer devido à obstrução nas artérias coronárias (ateroesclerose), que é uma causa que pode ser tratada com medicamentos ou com intervenções como colocação de stent e cirurgia de revascularização, ou ser causada por problemas na microcirculação. “Nos dois casos, além das técnicas de revascularização, é necessário seguir o tratamento com medicação. A intensidade e o tipo de medicação vão depender da causa”, ressalta.

O tratamento da Angina reduz os sintomas e melhora a qualidade de vida da pessoa, além de reduzir as chances de infarto.

Um estudo1 que analisou os dados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), verificou que mais de 10% da população brasileira acima de 18 anos sofre com a Angina. A maior prevalência está nos estados do Norte e do Nordeste do país, atingindo maioritariamente mulheres de forma leve (9,8%) ou moderada/grave (5,5%) e pessoas acima dos 60 anos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, levando cerca de 17,9 milhões de vidas a cada ano . No Brasil, segundo o Ministério da Saúde , são de 300 mil a 400 mil casos anuais de infarto, sendo que de cada 5 a 7 casos, ocorre um óbito.

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