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Capital Fluminense

[EXCLUSIVO] Tutor denuncia petshop por negligência após cachorro sofrer acidente em unidade na Tijuca

O animal caiu de uma gaiola, a um metro e meio do chão, e bateu a cabeça, gerando graves sequelas motoras e neurológicas. O caso aconteceu na Visu Pet, unidade associada à American Pet, na Tijuca

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(Foto: Arquivo Pessoal)

Os tutores de um cachorro vira-lata estão angustiados diante da situação de desamparo vivida pelo pequeno Patrick, um cãozinho de 15 anos de idade, que sofreu um acidente em uma petshop, na Tijuca, Zona Norte do Rio. O animal caiu de uma gaiola, a um metro e meio do chão, e bateu a cabeça, gerando graves sequelas. O caso aconteceu no último dia 30 de abril e continua provocando revolta.

Patrick foi levado pelo tutor, Daniel Tiriba, para banho e tosa na Visu Pet, unidade associada à American Pet, localizada na Rua Conde de Bonfim. Com horário marcado às 11h, Daniel entregou o animal a uma atendente responsável pelo serviço e saiu da loja.

“Como a petshop fica bem perto da minha casa, eu ia lá direto para cuidar dos meus cachorros, principalmente o Patrick, que é mais velho. Levei ele para tomar banho, como qualquer outro dia. Deixei ele com uma funcionária, a única na loja que poderia fazer o serviço no momento em que eu cheguei, e saí para atender outros compromissos”, disse Daniel Tiriba, jornalista, de 41 anos.

(VÍDEO: Arquivo Pessoal)

Daniel voltou à petshop uma hora depois, mas seu cachorro ainda não havia sido atendido.

“A mesma funcionária, que continuava sendo a única responsável na área de banho e tosa, disse que ainda não tinha conseguido atender o Patrick e me pediu para voltar depois das 13h. Foi o que eu fiz. Mas quando voltei lá pela segunda vez, nem o Patrick nem a atendente estavam lá.”, disse. Era o começo da angústia.

O acidente

Procurando respostas, Daniel Tiriba indagou duas atendentes que estavam em outro setor da Visu Pet e ouviu que seu cachorro tinha sido levado para uma clínica veterinária do bairro.

“Elas não souberam me explicar o que aconteceu, só disseram que o Patrick tinha sido levado para uma veterinária na Rua José Higino. Chegando lá, encontrei a funcionária que daria o banho no Patrick. Ela disse que deixou meu cachorro em uma gaiola esperando enquanto terminava o atendimento a um labrador, , mas que meu cão acabou caindo de uma altura de um metro e meio do chão”, contou.

Patrick caiu da gaiola, bateu com a cabeça e não respondia aos estímulos da funcionária. O animal ficou quase dez dias internado em na clínica Bichos e Caprichos, na Tijuca, para tratar os problemas motores e neurológicos acarretados pelo acidente.

Custos da hospitalização

“Inicialmente, a empresa disse que arcaria com todos os custos do tratamento. Foi um momento muito difícil, mas pelo menos eles estavam dando suporte para a gente. Só que não durou muito tempo”, lamentou o tutor.

Dias depois da internação, Daniel recebeu uma mensagem da gerente da Visu Pet da Tijuca, Rivana Ribeiro Martins, que teria dito que seu cãozinho recebeu alta médica e não teria mais os cuidados da empresa.

“O Patrick não estava recuperado, ele não tinha nenhuma reação, não abanava o rabo, agia como se não me conhecesse. Tinha uma grave questão cognitiva e mesmo assim o levei para casa. Mas era um outro Patrick, desde então, parece que ele envelheceu 19 anos, “, disse Daniel Tiriba, que adotou o animal ainda filhote em 2008.

Hoje, um mês depois do incidente, Patrick está em casa, ainda com dificuldades para andar e comportamento estranho. Sem fisioterapia e nem o exame de ressonância solicitado pela neurologista, que poderia dar um diagnóstico mais preciso sobre os danos causados ao animal, os tutores planejam entrar na Justiça contra a petshop.

O que diz a Visu Pet?

Em contato com a Super Rádio Tupi, a gerente da Visu Pet da Tijuca, Rivana Riberio Martins, alegou que a empresa, mesmo depois de Patrick receber alta, continuou oferecendo auxílio médico ao tutor do animal, mas que Daniel Tiriba teria recusado os serviços.

Entre as propostas, estariam o atendimento e acompanhamento do cachorro na clínica veterinária Cetravet, conveniada à American Pet, em Jacarepaguá, e o apoio domiciliar de um veterinário 24h.

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