Governo do Estado pretende realizar despoluição da Baía de Guanabara em 5 anos

O vice-governador do Rio e Secretário Estadual de Meio-Ambiente e Sustentabilidade (atualmente governador em exercício) concedeu nesta manhã entrevista ao Show do Clóvis Monteiro e falou, entre outros assuntos sobre a despoluição da Baía de Guanabara e do Complexo Lagunar da Barra da Tijuca e Jacarepaguá.

Segundo o vice-governador, a previsão do governo do estado é de entregar a Baía de Guanabara com, pelo menos, 80% da despoluição concluída. De acordo com Pampolha, isso será permitido por meio da instalação, junto às concessionárias de água e esgoto, de cinturões de tempo seco, que barram a entrada de carga orgânica na baía por meio da rede fluvial do entorno.

“Nós temos uma situação regulatória, temos uma situação contratual, onde nós, governo do estado, vamos cobrar das concessionárias os investimentos. A diferença é que agora, caso a concessionária não invista, não faça sua parte no que está amarrado dentro do contrato, nós podemos fazer a punição da concessionária, e na medida em que a gente puna a concessionária, a gente consegue fazer o controle da eficiência da gestão deste contrato.”, afirmou Pampolha.

Ainda sobre a Baía de Guanabara, o vice-governador lembrou os recentes índices de balneabilidade na Praia do Flamengo, na Zona Sul, afirmando que de junho de 2018 ao mesmo mês de 2023 (mês com os menores índices pluviométricos no RJ), houve uma redução de 97% de poluição por coliformes fecais na praia.

No Complexo Lagunar da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, está previsto o mesmo tipo de ação que na Baía de Guanabara, com a instalação dos cinturões de tempo seco, além de dragagens para desassoreamento dos canais de ligação dos canais que ligam as lagoas com o mar. Segundo Pampolha, R$ 250 milhões serão destinados pelo governo do estado para a realização dessas obras. Além disso, o governo do estado deverá intensificar a fiscalização dos condomínios e das áreas informais localizadas no entorno, como Rio das Pedras e Muzema.